Depois da lotação esgotada de ontem, Festival Med fecha com Jamaican Legends

A 9.ª edição do Festival Med contou com lotação esgotada ao primeiro dia. A estreia mundial do projeto que reúne Arnaldo Antunes, Toumani Diabaté e Edgard Scandurra, bem como as atuações de SMOD, Cheikh Lô, PAUS, A Jigsaw e Throes + The Shine atraíram ao centro histórico de Loulé mais de seis mil pessoas dos quatro cantos do País, bem como uma grande percentagem de público estrangeiro.

Hoje, na segunda e última noite do Med, os destaques vão para os Jamaican Legends, com Ernest Ranglin, Monty Alexander e Sly & Robbie, no palco Matriz (22h45), o maliniano Boubacar Traoré (meia noite, no palco cerca),e os portugueses Arnaldo Lobo e A Caruma.

Mas nos palcos e ruas do centro histórico de Loulé há muita mais música para ouvir, mais arte, gastronomia e muita animação pela noite fora.

A tão esperada estreia mundial do projeto «A Curva da Cintura», que uniu Arnaldo Antunes (Tribalistas), Edgard Scandurra (Ira) e Toumani Diabaté (um dos músicos africanos mais importantes da atualidade), foi um dos grandes destaques da noite.

A característica voz de Arnaldo, o incrível talento de Toumani nas cordas da Kora e a impressionante mestria de Edgard na guitarra conquistaram o público em poucos segundos e terminaram o espetáculo com uma merecida ovação.

A banda também não ficou indiferente à reação do público e despediu-se com várias vénias de agradecimento.

SMOD, grupo oriundo do Mali que se estreou em Portugal, neste primeiro dia do Festival Med, foi outra das grandes atuações da noite.

O trio encarregado de encerrar o palco Matriz surpreendeu o público com os seus ritmos revolucionários de hip-hop e rap intercalados por sonoridades malinenses.

As influências de Manu Chao, produtor do último registo de estúdio da banda, estiverem bem presentes ao longo de todo o espetáculo.

Cheikh Lô já é um ícone da música africana da atualidade. A brilhante atuação de ontem voltou a comprovar que a sua singular voz, bem como a sua perfeição na guitarra são capazes de encantar uma plateia rapidamente.

Ao longo de uma hora ouviu-se no palco Matriz mais de 10 temas, como “Il n’est jamais trop tard”, “Guiss-Guiss” e “Dieuf Dieul”, que levaram o público a viajar por entre sonoridades provenientes da África Ocidental e Central, Cuba, Brasil, entre outras influências.

As bandas portuguesas que atuaram na primeira noite do festival estiveram à altura dos grandes nomes internacionais. A Jigsaw, PAUS e Throes + The Shine contaram com casa cheia em atuações que ficaram certamente na memória de quem as viu.

Os PAUS conquistaram uma plateia rendida perante o surpreendente som da bateira siamesa com que se apresentaram.

A Jigsaw, a banda de blues-folk oriunda de Coimbra, encantou a assistência do palco Castelo não só pelas suas originais vozes, como pela diversidade de instrumentos utilizados ao longo do espetáculo. Já os Throes + The Shine contaram com lotação esgotadíssima no palco Castelo, enquanto hipnotizavam com os seus ritmos de festa resultantes do Rockuduro que afirmam ter criado.

O palco Bica e Arco presenciaram duas fantásticas atuações dos Rare Folk, vindos de Espanha, e dos portugueses Blue Dot, que contaram com o belo pano de fundo do entardecer.

Loulé voltou a encher-se com as sonoridades da World Music através das atuações de alguns dos melhores artistas da atualidade. As cores e os sabores do mundo voltaram a marcar presença através das artes plásticas, do artesanato e da gastronomia presentes no recinto.

Os bilhetes encontram-se à venda no Cineteatro Louletano e na FNAC do Algarve Shopping. Os ingressos poderão também ser adquiridos à entrada do recinto. O bilhete diário custa 12 euros.

30 de junho