Colóquio em Vila Real avalia impactos políticos e culturais da Primavera Árabe

A Biblioteca Municipal Vicente Campinas recebe, nos dias 27 e 28 de junho, o colóquio «Visões Políticas e Culturais do […]

A Biblioteca Municipal Vicente Campinas recebe, nos dias 27 e 28 de junho, o colóquio «Visões Políticas e Culturais do Mediterrâneo durante a Primavera Árabe».

Com entrada livre, o evento é organizado pelo Centro de Estudos Africanos da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (CEAUP) e pelo Núcleo de Investigação das Culturas das Sociedades Mediterrânicas da Faculdade de Letras de Tétouan (Marrocos). Conta com o apoio da autarquia de Vila Real de Santo António e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Durante dois dias, o seminário irá analisar de que forma países como Marrocos ou o Egito desenvolveram as suas ações de resistência civil ou encetaram os seus processos de transição democrática.

Na mesma vertente, pretende dar a conhecer por que razão os 2,5 milhões de quilómetros quadrados do Mediterrâneo contêm a mais alta densidade de conflitos de toda a história.

Com a configuração de um corredor no sentido da longitude, este mar fez convergir forças expansionistas vindas dos três continentes que o rodeiam, podendo dizer-se que durante os últimos 2500 anos nenhuma outra região da terra foi mais disputada.

O colóquio pretende, assim, apresentar criticamente perspetivas sobre o Mediterrâneo, não necessariamente visões dos mediterrânicos: sendo um mar pequeno e interior, este acidente geográfico foi sempre muito mais vasto do que o espaço com que qualquer sistema cartográfico o representa.

Num outro prisma, os trabalhos avaliarão os múltiplos estereótipos que os relatos de viagens, a ficção literária, as ciências sociais ou os próprios media têm efetuado sobre a região.

Sem ter a pretensão de os inventariar, o colóquio pretende explorar a ideia de que a perspetiva comparada de alguns deles, longe de aumentar a sensação de caos, permite captar melhor as dinâmicas geopolíticas e culturais da região.

Além das comunicações, a programação reserva espaço para debates e conta com uma exposição fotográfica e com a projeção do filme «Um chá no deserto», baseado na obra de Paul Bowles.

 

Conheça a programação completa aqui:

 

 

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