Cavaco Silva promulga alterações ao Código do Trabalho mas pede «estabilidade» para o futuro

O Presidente da República promulgou esta segunda-feira as alterações ao Código do Trabalho, mas exortou a que «deverá assegurar-se, a […]

O Presidente da República promulgou esta segunda-feira as alterações ao Código do Trabalho, mas exortou a que «deverá assegurar-se, a partir de agora, a estabilidade das normas reguladoras das relações laborais, com vista à recuperação do investimento, à criação de novos postos de trabalho e ao relançamento sustentado da economia portuguesa».

O comunicado da Presidência da República salienta que, «na análise realizada no âmbito da Casa Civil da Presidência da República, não foram identificados indícios claros de inconstitucionalidade que justificassem a intervenção do Tribunal Constitucional em sede de fiscalização preventiva da constitucionalidade das leis».

O Presidente Cavaco Silva realça que, para justificar a promulgação, «teve presente os compromissos assumidos por Portugal junto das instituições internacionais, a necessidade de preservar o consenso alcançado em sede de concertação social e a reduzida oposição que o presente diploma suscitou junto dos partidos com representação parlamentar».

O Chefe de Estado salienta ainda, no comunicado, que «as alterações à legislação do trabalho realizadas pelo presente diploma decorrem do Memorando de Entendimento com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, o qual foi subscrito pelo Governo português no âmbito do pedido de ajuda financeira a que Portugal recorreu em abril de 2011».

Por outro lado, «o enquadramento e os princípios orientadores da legislação em apreço decorrem igualmente do Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego celebrado no passado dia 18 de janeiro de 2012 entre o Governo português e uma larga maioria dos parceiros sociais com assento na Comissão Permanente de Concertação Social do Conselho Económico e Social».

O diploma foi também «aprovado na Assembleia da República com os votos favoráveis dos deputados do Partido Social Democrata e do CDS – Partido Popular e com a abstenção dos deputados do Partido Socialista, tendo votado contra apenas 15% dos deputados», acrescenta a Presidência da República.

Leia aqui o Comunicado da Presidência da República na íntegra:

 

 

 

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