O recente lançamento, pelo Governo, da medida Impulso Jovem – Plano Estratégico de Iniciativas à Empregabilidade Jovem e de Apoio às PMES –, recebeu duras críticas por parte de António Eusébio, presidente da Câmara de São Brás de Alportel e vice-presidente da AMAL, Associação de Municípios do Algarve, pelo que diz estar a ser uma verdadeira descriminação do Algarve, no momento em que a região mais precisa de apoio no combate ao desemprego.
“Não podemos aceitar que este Governo esqueça os jovens algarvios, num momento como este, colocando-os à margem da nova medida nacional de promoção do emprego! Esta situação é absolutamente inexplicável, injusta e incoerente para com aquelas que deveriam ser atualmente as prioridades do país”, disse António Eusébio.
“Sendo o Algarve a região que está a atingir os níveis mais elevados de desemprego, que afeta de sobremaneira os jovens, com níveis de desemprego jovem absolutamente assustadores, não se pode compreender como é que os jovens algarvios podem estar a ser excluídos desta medida que é precisamente o que a região precisa, para estimular o emprego jovem e apoiar as pequenas e médias empresas! Como podemos estar ser excluídos da medida que mais precisamos para contrariar a tendência de decrescimento da economia que tem vitimado a nossa sociedade? ”, acrescentou o autarca.
“A única conclusão que nos é possível fazer é clara: o atual Governo revela com esta atitude, e lamentavelmente, uma manifesta insensibilidade pelas dificuldades que o Algarve atravessa e continua a deixar-nos à margem das oportunidades! O que vem agravar a situação já catastrófica da nossa economia, sufocada pelas inúmeras dificuldades que lhe têm sido colocadas… com a introdução de portagens na Via do Infante, o aumento do IVA sobre a restauração e todo o setor turístico e com todas as medidas repressivas que estão a paralisar a economia e a destruir, a um ritmo assustador, o tecido empresarial da região!”
E acrescenta o autarca: “se o Governo pretende justificar a exclusão do Algarve da medida Impulso Jovem, integrada no Plano Estratégico de Iniciativas à Empregabilidade Jovem e de Apoio às PMES, pelo facto do Algarve não estar abrangido pelo Objetivo 1 no QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional –, uma situação que é por si só completamente injustificada atendendo à situação e contexto atual, vai ter que explicar a todos nós, e muito especialmente aos nossos jovens, que se se debatem diariamente com o drama do desemprego, como pretende combater este que é o maior flagelo da sociedade portuguesa”.
“O Algarve, pelas suas características específicas, precisa de medidas específicas e de soluções, que permitam à economia relançar, ao invés de paralisar, para que esta região, possa continuar a contribuir para a economia do país como sempre fez!… E infelizmente parece que o Governo se tem esquecido disso!”, concluiu António Eusébio.
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