20 de milhões de euros para apoiar empresas «com dificuldades mas viáveis» no Algarve

O Algarve vai dispor em breve de um «fundo público» de 20 milhões de euros para ajudar as empresas «com […]

O Algarve vai dispor em breve de um «fundo público» de 20 milhões de euros para ajudar as empresas «com dificuldades, mas viáveis», revelou esta manhã, em Loulé, o secretário de Estado da Economia e Desenvolvimento Regional.

António Almeida Henriques acrescentou que «os concursos públicos [para a constituição desse fundo] vão ser lançados no final do mês».

O secretário de Estado, que falava na abertura da sessão algarvia do ciclo governamental «Portugal a Crescer», que decorreu na sede do NERA, em Loulé, com uma plateia cheia de empresários algarvios, explicou que este fundo se integra no âmbito do Processo Especial de Revitalização, um instrumento legislativo criado muito recentemente que possibilita, no momento de crise económica e financeira que a economia nacional atravessa, uma revitalização das empresas económica e financeiramente viáveis, mas que experimentam dificuldades na atual conjuntura.

O Programa Revitalizar, acrescentou Almeida Henriques, permite «olhar para as empresas em dificuldades de uma forma diferente», criando «condições para salvar aquelas que são empresas viáveis».  Para mais, porque, sublinhou, através do Revitalizar, «o Estado passa a falar a uma só voz».

Como exemplo de revitalização de empresas que estiveram em processo de insolvência, o governante apontou o caso do Grupo Alisuper, cuja recuperação surgiu ainda antes do início deste programa de revitalização, mas que, na opinião de Almeida Henriques, já foi «fruto da política ativa do Governo».

«Ainda na semana passada falei com o administrador do Grupo Alisuper e ele disse-me que a empresa tem já 32 lojas abertas no Algarve e 308 trabalhadores», revelou.

No caso concreto do Algarve, o secretário de Estado garantiu que será «dada uma atenção muito especial à lógica da revitalização, de modo a evitar que empresas viáveis sejam atiradas para a insolvência».

Além do caso da Alisuper, no Algarve há já pelo menos mais um caso de uma empresa que vai recorrer ao PER: trata-se da Parkalgar SA, proprietária do Autódromo Internacional.

O governante, que hoje visitou três empresas no Algarve – nas áreas das tecnologias da informação, da floricultura e do ambiente – salientou que, apesar de o turismo  ser «o setor mais relevante para o Algarve» e que «tem oportunidades de crescimento», a região «dispõe de outros recursos», nomeadamente nas áreas do agro-alimentar, agro-floresta, ambiente e energias. «Há novos caminhos para o tecido empresarial da região», frisou.

Almeida Henriques referiu-se ainda à aposta que tem sido feita, na região algarvia, nos territórios de baixa densidade, referindo-se concretamente ao Projeto Querença, onde «um conjunto de jovens deu o exemplo ao país de como revitalizar uma região do interior. Um projeto que está a ser «copiado em todo o país, sendo exemplo de como atuar em territórios de baixa densidade».

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