Luísa Sobral apresenta hits conhecidos e novas canções no concerto em Portimão

Luísa Sobral sobe este sábado, dia 2 de junho, ao palco do Teatro Municipal de Portimão (Tempo), naquele que é […]

Luísa Sobral sobe este sábado, dia 2 de junho, ao palco do Teatro Municipal de Portimão (Tempo), naquele que é apenas o seu terceiro concerto no Algarve. Mas as expetativas da cantora-compositora estão em alta.

Em entrevista ao Sul Informação, Luísa Sobral – que esta noite estará no Cineteatro Camacho Costa, em Odemira, para um outro concerto que tem já lotação esgotada – recorda que a sua estreia em palcos algarvios foi em junho do ano passado, no Festival MED, em Loulé.

«Foi dos sítios onde gostei mais de tocar», recorda. «Estava um pouco receosa quanto a fazer festivais, porque pensava que a minha música não iria funcionar bem em festivais, por ser mais intimista».

Mas em Loulé tudo correu muito bem e Luísa Sobral até diz que teve «uma surpresa enorme. É dos festivais mais giros que se fazem em Portugal. Tem um espírito espetacular, por ser naquelas ruazinhas, com as pessoas que lá moram a abrirem as portas e as janelas para vender coisas». «Este ano até estou triste por não voltar lá», diz a jovem cantora de «Xico», meio a brincar.

Luísa Sobral também esteve, no verão passado, em Tavira e aí o concerto foi novamente diferente dos espaços intimistas a que estava mais habituada. «Foi numa praça e foi muito bom, com uma noite muito bonita».

Resumindo: «com o público espetacular que encontrei no Algarve, formado por algarvios e por turistas, acabei por mudar a minha ideia sobre os festivais».

De qualquer modo, esta sua terceira vinda à região algarvia terá como palco a sala principal do Teatro Municipal de Portimão. E aí Luísa Sobral e a banda que a acompanha irão «fazer o concerto todo como quero, porque há todas as condições técnicas para tal», nomeadamente ao nível da utilização dos cenários especiais que foram concebidos para o espetáculo.

Em relação ao concerto em si, Luísa Sobral revela que «mudou desde o ano passado», nomeadamente porque, apesar de ter como base o seu primeiro e até agora único álbum «The Cherry on my Cake», também já inclui novas canções que Luísa tem vindo a compor e que integrarão o seu segundo disco.

Depois de se ter libertado da pressão após o lançamento, em março do ano passado, do seu primeiro trabalho discográfico, e apesar dos concertos em todo o país e até no estrangeiro – Espanha -, Luísa diz que tem «composto muito» para o seu segundo disco. «Estou a organizar as canções todas, a ver quais fazem sentido umas com as outras».

«Logo a seguir a ter saído o disco, comecei a compor muito, com menos pressão, mas agora já estou a ficar mais stressada. Vi que o novo disco estava a ficar com muitas baladas, muito melancólico, por isso pensei em fazer canções mais mexidas. Obriguei-me a pensar nisso».

Quanto a versões, e depois do sucesso da sua versão de «Saiu para a Rua», de Rui Veloso e Carlos Tê, incluída no primeiro trabalho, a cantora diz que «gostava de fazer uma versão para este novo disco, mas ainda não sei qual será».

Quanto ao lançamento do novo trabalho, Luísa Sobral garante que não há ainda uma data prevista, mas adianta que «vai sair para o ano que vem».

Apesar de o alinhamento do concerto de sábado, em Portimão, conter canções novas, a verdade é que o grosso do espetáculo é garantido pelas músicas do disco «The Cherry on my Cake».

E como foi este primeiro ano, depois de algumas das canções se terem tornado grandes sucessos? «Foi um ano muito bom. Como este é o meu primeiro trabalho, não sabia muito bem o que esperar e também não pensei muito nisso. Mas nunca esperei que corresse tão bem», confessa.

«As pessoas gostam da música e as canções estão constantemente a ser descobertas pelas pessoas. Mesmo agora, mais de um ano depois do lançamento, algumas ainda estão a descobrir essas minhas canções, parece que há sempre uma renovação».

O facto de o álbum não conter apenas uma canção que toca sem parar, deixando na sombra as outras, mas de ter pelo menos quatro canções que se revelaram hits – Xico, Not there Yet, I would love to e Clementine – talvez também tenha ajudado a manter a longevidade e constante renovação do interesse por Luísa Sobral.

Quanto ao facto de cantar e compor em inglês e em português, a jovem revelação comenta que «em Portugal ainda há muito aquela coisa de saber se se canta em inglês, mas também se canta em português, como se isso fosse um certificado de qualidade e de patriotismo».

Ao longo deste primeiro ano cheio de sucessos, Luísa Sobral diz-se muito contente por ter conseguido «transportar para português esta sonoridade mais ligada ao jazz», algo em que foi, de certo modo pioneira.

Mas diz-se também muito feliz por ter descoberto «uma equipa e uma banda com quem gosto de fazer isto». A sua banda é composta por João Hasselberg (contrabaixo), Carlos Miguel (bateria) e João Salcedo (piano), todos nomes confirmados do mundo do jazz (e não só).

Em termos de futuro, além do lançamento do segundo disco no próximo ano, Luísa Sobral sublinha a sua aposta no mercado estrangeiro. No dia 28 de maio «The Cherry on my Cake» saiu em Inglaterra e agora vai começar a sair noutros sítios.

Além disso, estão programados concertos em Espanha, onde vai voltar este Verão, em Inglaterra, Alemanha e França. O facto de grande parte das suas canções serem em inglês facilita esta tarefa de internacionalização.

Para sábado à noite, no Tempo, Luísa Sobral promete apenas «um grande concerto».

 

A banda:

João Hasselberg estudou baixo elétrico e contrabaixo na escola de jazz “Luis Villas Boas” do Hot Clube de Portugal. Aos 21 anos, mudou-se para a Holanda para estudar contrabaixo no departamento de Jazz do Conservatório de Amsterdão. Estudou com Arnold Dooyewerd, John Clayton, Reuben Rogers, e Clemens van der Feen.

Tocou em Festivais como Cully Jazz (Suíça) , Den Hague Jazz Festival, Jazz Ahead (alemanha) IJ Jazz Festival, Breda Jazz Festival, Meer Jazz festival, Trytone Jazz Festival, (Holanda), Europa Fest (Roménia), Festa de Jazz do S. Luís, Festival de Valado dos Frades, Jazz no Castelo, Seixal Jazz (Portugal).

www.joaohasselberg.com

 

 

Carlos Miguel nascido a 12 de Maio de 1971 em Lisboa, começou os estudos de musica em 1989 no Hot Club de Portugal. Frequentou vários workshops com Karl Berger, Don Famularo, Sonny Emory, Greg Bissonete entre outros.

É músico profissional desde 1991 e desde então acompanhou artistas como Rui Veloso, Dulce Pontes, Sara Tavares, Jorge Palma, Mafalda Veiga, Luís Represas, Paulo de Carvalho, Carlos do Carmo, Joel Xavier, Kepa Junkero, Carlos Nunez, Pedro Abrunhosa, Sérgio Godinho, Rui Reininho, João Gil, Mariza, Tito Paris, Nuno Guerreiro, Dani Silva, Joana Rios, André Sardet, Filipa Pais, Vanessa da Mata, Gilberto Gil entre outros.

Na área do Jazz já se apresentou nos Festivais de Jazz de Matosinhos, Lagoa, Portimão, Portalegre, Tondela, Seixal, Caldas da Rainha,Festa do Jazz S.Luis, Curitiba(Brasil), Madrid, Valladolid ,Vilnius, onde tocou com “Ficções”, “Politonia”, “Melissa Walker”, “Laura Fiugi”, “Septeto do Hot Club”, “Jeffery Davies”, “Maria João e Mario Laginha + Big Band do Hot Club”,” Rodrigo Gonçalves+Jesus Santandreu”, “Laurent Filipe Big Band”,” Nana Sousa Dias”,” António Palma”, “Tim Tim por Timtum”,” Aduf de Zé Salguiro e Zé Peixoto”,” Alexandre Dinis Quarteto”,” Filipe Raposo Trio”,” Yuri Daniel Band” , “Orquestra Metropolitana de Lisboa” e” Orquestra Clássica da Madeira”. É também professor da escola JBjazz em Lisboa desde a sua fundação em 2003.

Carlos Miguel usa Pratos “Sabian”, Baterias “Taye” e Baquetas “Missom”.

 

João Salcedo nasceu em Montréal, Canadá, a 13 de Maio de 1980, e teve as primeiras aulas de piano com 4 anos, no Porto. Estudou piano clássico com Mª Cândida Lobo e Gemina Sala Coutinho, e aos 18 anos termina o 8º grau do Curso do Conservatório de Música do Porto.

Em 2001 entra na Escola Superior de Música do Porto (ESMAE), onde estuda com Pedro Guedes e Carlos Azevedo, e tem workshops com Rosário Giuliani, Rodrigo Gonçalves, Perico Sambeat, Peter Erskine e Mário Laginha.

Em 2004 vai para Nova Iorque estudar na Newshool, onde tem aulas com Aaron Goldberg, Edward Simon, David Berkman, Hal Garper e Reggie Workman.

Tocou e participou como pianista, compositor, arranjador ou produtor em diferentes formações de vários estilos musicais. Atualmente, é um dos “Cavalheiros” de Diego Armés, o “S” do SMaLL Trio e é um d’Os Azeitonas.

 

 

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