José Vitorino anunciou candidatura à Câmara de Faro, apoiado por nova estrutura

Novas eleições autárquicas, uma nova estrutura de apoio, um novo projeto, a mesma cara. José Vitorino assumiu esta segunda-feira a […]

Novas eleições autárquicas, uma nova estrutura de apoio, um novo projeto, a mesma cara. José Vitorino assumiu esta segunda-feira a candidatura à Câmara de Faro, com o apoio de uma aliança cívica que também apresentou hoje, tornando-se o primeiro candidato a oficializar a intenção de assumir a liderança da autarquia farense.

A Aliança Cívica «Vamos Salvar Faro, com Coração» (CFC/SF) resulta de uma fusão entre o movimento que apoiou José Vitorino nas últimas autárquicas, o «Com Faro no Coração» (CFC), e a entrada em jogo de «diversos representantes do movimento associativo da cidade».

José Vitorino diz apresentar «uma candidatura vitoriosa», que surge como alternativa à coligação no poder e ao PS, os mais votados nas últimas eleições. Para o ex-presidente da Câmara, o executivo camarário liderado por Macário Correia «está a afundar Faro», com a conivência dos socialistas «que ainda não votaram contra as propostas do executivo em nenhuma matéria relevante».

Munido de um conjunto de propostas que se referem não apenas a Faro, mas «a toda a região e ao estado em que se encontra o país», o candidato justificou a não reutilização da sigla CFC com a entrada de novos apoiantes, que considera serem de peso. «Não quisemos meter debaixo do sovaco pessoas representativas da sociedade civil. Queremos dar-lhes o protagonismo que merecem. Aqui somos todos iguais», defendeu.

Na sala estavam cinco dirigentes associativos nestas condições, António Milheiras Rodrigues, presidente e fundador da Provectus, o presidente do Sport Faro e Benfica Juvenal Rodrigues, o delegado do sindicato de Hotelaria do Algarve João Fava, o dirigente da associação de produtores Farfruta Franklin Rosa e a presidente da Associação de Inquilinos de Faro Maria Madalena Rodrigues.

Também estiveram na mesa cinco elementos do CFC, que, na sua maioria, também dirigem associações sediadas na capital algarvia.

Uma das bandeiras levantadas por José Vitorino foi a «democracia  participativa», ou seja, dar voz aos cidadãos e pedir-lhes a opinião em assuntos de importância para o concelho.

Outra justificação para deixar cair o CFC, movimento que até se encontrar representado na Assembleia Municipal, mas cuja validade legal «expira em 2013», foi o facto de este ser «um projeto muito mais aprofundado e alargado» do que em 2009. Ao conjunto de propostas que vai apresentar ao eleitorado, a CFC/SF chamou «Novo Rumo».

José Vitorino frisou que esta é uma candidatura que «não olha a ideologias», mas sim a objetivos. Daí ter recusado definir-se no espetro político, na atualidade, quando no passado esteve ligado à social-democracia e foi apoiado pelo PSD quando ganhou pela única vez as autárquicas em Faro.

No final da sessão, José Vitorino reforçou aos jornalistas que a sua intenção era voltar a ser líder máximo da Câmara de Faro, apesar de há cerca de três anos não ter conseguido amealhar mais do que 5 por cento dos votos. «Também há que recordar que, na altura, passei metade da campanha no Hospital [partiu uma perna], algo que esperemos que não aconteça desta vez», referiu.

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