Freguesia de Monchique promove tertúlias sobre Manuel do Nascimento no centenário do escritor

A Junta de Freguesia de Monchique assinala o centenário nascimento do escritor Manuel do Nascimento, vulto da corrente neorrealista e da […]

A Junta de Freguesia de Monchique assinala o centenário nascimento do escritor Manuel do Nascimento, vulto da corrente neorrealista e da literatura portuguesa do século XX, nascido em Monchique, promovendo um ciclo de três tertúlias literárias dedicadas à divulgação da sua vida e obra.

A primeira destas tertúlias terá lugar no próximo sábado, dia 19 de maio, às 16h30 no snack-bar Fonte dos Chorões, bem no centro de vila de Monchique.

Sobre o tema «Conhecer Manuel do Nascimento», estas primeiras tertúlias pretendem situar o escritor no panorama literário nacional, dando a conhecer alguns dos traços mais íntimos, menos compreendidos e menos conhecidos que, ao longo da sua curta mas profícua carreira artística, moldaram a personalidade vincada e a obra virtuosa do escritor.

«Conhecer Manuel do Nascimento» é uma oportunidade de revisitar não só um dos mais incompreendidos e ignorados talentos da literatura nacional, mas, também, entender a atualidade da sua escrita enquanto elemento de superação do homem e dos principais problemas com os quais a humanidade se debate.

 

Quem era Manuel do Nascimento?

Nasceu em Monchique em 27 de dezembro de 1912. Vindo de uma família de comerciantes, estudou num Instituto Industrial, onde concluiu o curso de Química.

O primeiro choque com a vida real dá-se em Trás-Os-Montes, numa mina onde vai exercer a sua profissão. O contacto com a vida e os problemas dos mineiros fá-lo viver em luta permanente consigo próprio, acordando no futuro escritor um anseio de justiça que a época perturbada da juventude havia ignorado.

Abandona a mina por se encontrar doente, e é no período de convalescença na sua terra natal que começa a ensaiar os primeiros passos de escritor.

Depois de curado, regressa à cidade, onde conhece o desemprego e a aspereza da luta pela vida. Toda a sua obra coloca em evidência as suas qualidades de escritor integrado na corrente do neorrealismo, conferindo-lhe um lugar de destaque na moderna literatura portuguesa.

Bibliografia:
Eu Queria Viver (romance) – 1942
Mineiros (romance) – 1944
O Aço Mudou de Têmpera (romance) – 1946
O Último Espectáculo do Circo Monumental, in Contos e Novelas, 1948
Agonia (romance) – 1954
O Último Espectáculo (contos) – 1955
Histórias de Mineiros (narrativas) – 1960
Encontros (1º vol.) (Entrevistas) – 1961
Nada de Importância (história extraída de O Último Espectáculo) – Col. Novela, s.d.
Suspeita (história extraída de O Último Espectáculo) – Col. Mosaico, s.d.

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