Assembleia Municipal de Faro quer que novos parquímetros sejam suspensos

A Assembleia Municipal de Faro quer que a Câmara crie «condições para a suspensão dos parquímetros» recentemente colocados em diversas […]

A Assembleia Municipal de Faro quer que a Câmara crie «condições para a suspensão dos parquímetros» recentemente colocados em diversas zonas junto da zona nobre da cidade e crie  uma comissão «para analisar a grave situação decorrente da recente criação de novas zonas com parquímetros, com vista a ser encontrada uma solução definitiva, numa perspetiva de equilíbrio que pondere os direitos e expetativas da Cidade, empresas, empregados e residentes».

Uma moção apresentada pelo movimento «Com Faro no Coração», no seguimento de uma exposição feita na sessão da AM de 30 de abril pelo Movimento pela Suspensão Imediata dos Novos Parquímetros em Faro obteve votos favoráveis de todos os deputados da oposição e acabou por passar devido à abstenção de alguns deputados da coligação que apoiou Macário Correia nas últimas eleições autárquicas, segundo um comunicado daquele grupo de cidadãos farense.

A CDU tentou ir mais longe, exigindo «que  de imediato se suspenda o pagamento do estacionamento dos 954 lugares implementados a partir de 2 de Abril de 2012», mas esta moção não foi aprovada.

Com este «voto de confiança» da AM, o movimento anti-parquímetros diz querer confiar que até ser construída uma solução mais equilibrada entre estacionamento pago e não pago», que seja ao mesmo tempo «mais ajustada aos tempos dificieis que vivemos e aos transportes públicos insuficientes que temos», os eleitos para aquele órgão «vão ser capazes de corrigir como deve ser o erro cometido, suspendendo de imediato o funcionamento dos novos parquímetros».

O movimento conseguiu mais de quatro mil assinaturas num abaixo-assinado, que apresentou à Assembleia Muncipal e ao presidente da Câmara de Faro. «Nas zonas centrais da nossa cidade, a crise das empresas de comércio, restauração e serviços e as dificuldades de deslocação casa-trabalho-casa para quem nelas trabalha agravaram-se com a entrada em funcionamento da última tranche de estacionamento pago», defendeu.

Quanto a contas, o grupo também as fez. «Em 1000 lugares de estacionamento pago das 09 às 19 horas, a média de 4 veículos por lugar, com 1 hora de estacionamento cada um, produz como resultado uma rotação média em dia útil de 4000 veículos – estamos muito abaixo –, uma não ocupação média/desperdício em dia útil de 60 por cento – estamos muito acima – e uma receita bruta em dia útil de 3 200 euros – estamos muito abaixo, pois é óbvio que não há dinheiro que chegue para tal», resumiram.

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