Anafre acusa Miguel Relvas de desconhecer as freguesias

O Conselho Diretivo da Associação Nacional de Freguesias (Anafre) acusou esta sexta-feira o ministro Miguel Relvas de desconhecer as freguesias […]

O Conselho Diretivo da Associação Nacional de Freguesias (Anafre) acusou esta sexta-feira o ministro Miguel Relvas de desconhecer as freguesias e não reconhecer o valor da sua intervenção social. A Anafre reagia assim às declarações de Relvas, que disse que tentar resolver os problemas do país com «velhas fórmulas e velhas receitas» é uma «atitude de grande esquizofrenia».

«Eu vi o que foi da parte da administração local ao longo deste ano. Tudo o que significa fazer alterações incomoda, gera inimigos. Porque também há uma atitude de grande esquizofrenia. Nós queremos sair do problema, mas queremos sair com as velhas fórmulas e velhas receitas. (…) Temos de fazer [as alterações], não por causa da ‘troika’, mas porque esse é o caminho certo, o caminho adequado», disse Miguel Relvas na Universidade do Minho, em Braga, durante uma conferência sobre a Reforma da Administração Financeira do Estado.

Os dirigentes da Anafre, que hoje estiveram reunidos na outra ponta do país, em Almodôvar, rejeitaram as acusações de esquizofrenia feitas pelo ministro, mas afirmaram que Relvas «sabe do que fala», uma vez que, relembraram, foi «presidente de assembleia municipal».

O ministro «fecha as portas de Freguesias, elimina o número de eleitos, reduz os cargos dirigentes – os tais “escolhidos” – e explica porquê: Todos sofrem de Esquizofrenia!», acusa ainda a Anafre.

Miguel Relvas, denuncia a Associação Nacional de Freguesias, «afirma, ainda, que não tem havido uma “relação de transparência entre o cidadão e o Estado”.  Como se engana! Não conhece as Freguesias. Por isso as não ama. Entre a base do Estado – as Freguesias – e os cidadãos a relação é não só transparente como próxima, familiar, permanente e amiga».

No dia em que Miguel Relvas foi também acusado pelo Conselho de Redação do jornal «Público» de tentativa de interferência, a Anafre acrescenta: o ministro «anda muito inquieto e está nervoso».

Miguel Relvas, ministro responsável pelo processo de Reforma Administrativa que tem como principal medida a redução do número de freguesias, está há meses na mira dos autarcas de freguesia.

Em 3 de dezembro, no encerramento do Congresso da Associação Nacional de Freguesias que decorreu em Portimão, o governante foi mesmo alvo de vaias e assobios, que surgiram até de autarcas do PSD.

 

Comunicado da Anafre na íntegra:

O Conselho Diretivo da ANAFRE reunia em Almodôvar, na tarde do dia 18 de Maio, quando a notícia começou a correr.

Título do Jornal de Notícias:
«Miguel Relvas diz que a administração local sofre de “esquizofrenia”». Aconteceu na Universidade do Minho

Diz a notícia que, a seguir, o Sr. Ministro aponta a necessidade de se procurarem “novos mundos” como forma de se ultrapassar a crise.

– “Terra à vista!”

O Sr. Ministro descobriu a solução para a crise e sabe do que fala! Não é (ou foi) ele Presidente de Assembleia Municipal?  Porque a situação não é nova, vem de longe, ele sabe!

E, na ânsia de resolver a crise, o Sr. Ministro, procura ”novos mundos” para equilibrar a balança financeira, exportando uma nova mercadoria: ESQUIZOFRÉNICOS!

Fecha as portas de Freguesias, elimina o número de Eleitos, reduz os cargos dirigentes –  os tais “escolhidos” – e explica porquê: Todos sofrem de ESQUIZOFRENIA!

Muito bem!

Talvez possam estes doentes fazer a mala e partir para a terra do Sr. Churchil onde ele ensinou que «não precisamos de quem fale das coisas mas de quem as faça acontecer».

E, para as fazer acontecer, é preciso bom senso; é preciso que haja líderes e que estes sejam capazes de agregar vontades e não criar conflitos.

O Sr. Ministro anda muito inquieto e está nervoso.

Afirma, ainda, que não tem havido uma «relação de transparência entre o cidadão e o Estado»

Como se engana! Não conhece as Freguesias. Por isso as não ama.

Entre a base do Estado – as Freguesias – e os cidadãos a relação é não só transparente como próxima, familiar, permanente e amiga.

 

 

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