Motor de 8000 euros roubado em Armação de Pêra deixa pescador em terra

«Estragaram a vida ao homem!». Foi com estas palavras que Tânia Oliveira, presidente da Associação de Pescadores de Armação de […]

«Estragaram a vida ao homem!». Foi com estas palavras que Tânia Oliveira, presidente da Associação de Pescadores de Armação de Pêra, comentou o furto do motor de uma embarcação de pesca, no valor de 8000 euros, ocorrido esta madrugada naquela praia.

«Isto é uma tragédia. Nós não temos seguros que cubram pelo menos parte do prejuízo, porque ninguém tem dinheiro para os pagar. Como é que o homem agora vai ao mar ganhar a vida? Não pode…», acrescentou Tânia Oliveira.

Segundo a presidente da associação, já não é a primeira vez que ocorrem furtos deste tipo na comunidade piscatória de Armação de Pêra, embora o mais frequente seja roubarem os depósitos com combustível. Até porque um motor é coisa para pesar uns 200 quilos, difícil de transportar, o que indica que haverá mais do que um criminoso envolvido.

«As autoridades vêm aqui, tomam nota das queixas, mas nós ficamos com o prejuízo. Isto é uma insegurança tramada. Estão sempre a acontecer estes furtos, deixando os pescadores na miséria», disse ainda Tânia Oliveira.

«As autoridades até colaboram connosco. Sempre que os chamamos, para identificar alguém ou por causa de situações destas, eles vêm cá imediatamente. Eles sabem qual é a nossa vida e compreendem as nossas dificuldades. Mas até para as autoridades esta zona é perigosa, à noite, por falta de iluminação. Até as autoridades correm riscos aqui».

Para a presidente da Associação de Pescadores, a solução passaria por colocar iluminação e até câmaras de vigilância na praia, na zona onde os barcos de pesca são varados.

«Já há dois anos que andamos a pedir isso à Câmara de Silves, mas a resposta é sempre a mesma: não há dinheiro». Por isso, na próxima sessão de Câmara, Tânia Oliveira promete que lá irá outra vez reclamar junto da autarquia a melhoria das condições de segurança da comunidade piscatória de Armação de Pêra.

«Eles têm de perceber que a gente não vai lá para chatear. Para nós, isto é uma questão de sobrevivência. Não podemos desistir», concluiu.

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