Colóquio vai debater “Testamento Vital” e “Obstinação Terapêutica”

“Testamento Vital” e “Obstinação Terapêutica” são os dois grandes temas a debater num colóquio organizado pela Associação de Médicos Católicos […]

“Testamento Vital” e “Obstinação Terapêutica” são os dois grandes temas a debater num colóquio organizado pela Associação de Médicos Católicos Portugueses (AMCP), com o apoio da Pastoral da Saúde da Diocese do Algarve e da Ordem dos Médicos.

O evento terá lugar no Auditório do Hospital de Faro, no próximo dia 17 de abril, às 14h30, e contará com a presença do professor universitário Alexandre Laureano Santos (Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa) e do Padre Mário de Sousa (Pároco de Portimão).

«Estes são dois temas que estão muito em voga hoje, nos meios políticos e na sociedade civil», refere José Abílio dos Santos Matos, presidente do Núcleo Diocesano do Algarve da AMCP, explicando que um testamento vital «é uma disposição que uma pessoa deixará em vida, quando está na plenitude das suas capacidades físicas e psíquicas e que lhe permite decidir sobre uma possível atuação médica numa situação em que possa estar com perda de consciência ou em risco de vida».

O presidente da AMCP-Algarve diz, também, que «as pessoas, para evitarem situações de grande sofrimento, criam este testamento vital, pedindo que lhes suprimam tratamentos ou não lhes administrem tratamentos para perder a consciência e para prolongar a vida».

Santos Matos refere, ainda, que esta tomada de decisão «é muito difícil, pois ocorrerá num contexto muito diferente, em que a pessoa nunca esteve», facto que «cria muitas vezes uma dissonância entre aquilo que é e o que deveria ser».

A Obstinação Terapêutica é, por outro lado, um comportamento assumido pelos médicos, «uma situação de exagero dos tratamentos, quando há pouca viabilidade de prolongar a vida com qualidade», esclarece Santos Matos, acrescentando que, «no fundo, acaba por se prolongar o sofrimento da pessoa e dos familiares, mantendo uma esperança, quando não há uma solução à vista, segundo critérios humanos e médicos».

A reflexão e a análise sobre estes temas serão orientadas por Alexandre Laureano Santos e pelo Padre Mário de Sousa.

Alexandre Laureano Santos, médico cardiologista do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde foi chefe de serviço de cardiologia.

É doutorado em medicina interna pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, leciona atualmente nessa mesma Faculdade e na Universidade Católica.

É, também, Vice-presidente da Federação Europeia dos Médicos Católicos e consultor da Comissão Episcopal das Comunicações Sociais, sendo, ainda, um dos mais antigos membros da AMCP.

Tem desenvolvido diversos trabalhos na área da ética médica e da defesa da vida.

O Padre Mário de Sousa é um sacerdote da Diocese do Algarve, que fez a formação teológica no Instituto Superior de Teologia de Évora e é licenciado em Teologia pela Universidade Católica.

Posteriormente, estudou Sagrada Escritura no Pontifício Instituto Bíblico, sendo Doutorado pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

É professor das cadeiras do Novo Testamento no Instituto Superior de Teologia de Évora e pároco da Paróquia de Portimão.

 

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