Confirmou-se esta semana, através dos dados de um relatório do Instituto das Infraestruturas Rodoviárias, que o tráfego automóvel na Via do Infante caiu para metade, logo em dezembro passado, o primeiro mês de cobrança das portagens.
Não foi novidade para ninguém esta queda muito significativa do tráfego na Via do Infante. Assim como não é novidade que grande parte desse trânsito se mudou para a Estrada Nacional 125, com todos os problemas e constrangimentos que isso acarreta.
Para mais porque, ao contrário das promessas sucessivas, as obras na EN125 não estão feitas e, em certos casos, nem se sabe se alguma vez avançarão… Neste momento, as obras até estão paradas!
Mas nem tudo é mau. Há negócios que têm prosperado na EN125: pelo menos o da venda de laranjas à beira da estrada…e o da prostituição.
A venda de laranjas, a preços convidativos, normalmente pelos seus produtores diretos, pode ver-se em dezenas de bancas, tendas e carrinhas paradas à beira da estrada, anunciando os preços em cartazes muitas vezes bilingues.
Igualmente visível é o anúncio de outras vendas, nesta caso da prostituição. Sobretudo na zona entre o cruzamento das Fontainhas e a Patã, é ver como por lá proliferam raparigas vistosas, a vender o corpo ao lado da EN125. E em plena luz do dia, à vista de todos.
O mais curioso é que, nas minhas deslocações pela EN125, já vi agentes da GNR a fotografar e a interpelar os vendedores de laranjas… Mas nunca vi agentes da GNR a interpelar as prostitutas.
Talvez as autoridades não tenham ainda reparado, embora os vestidos justos e vermelhos das moças sejam bem mais visíveis que as laranjas…
Nota: Este é o texto da minha crónica de quinta-feira na rádio RUA FM, no âmbito da rubrica «Tenho Dito», que pode ser ouvida de viva voz aqui
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