O Partido da Terra denunciou hoje, em comunicado, «a total subversão da economia regional [do Algarve] a interesses privados, sugando-se a competitividade turística para injetar sob a forma de lucros contratuais em grandes grupos económicos». «Tem sido assim com a Via do Infante e é agora com a exploração de Petróleo», sublinha o MPT.
Para além do «desemprego colossal», o MPT considera que «a região está a ser saqueada dos seus recursos económicos e naturais, sangrando a competitividade turística que se perde para regiões onde o turista realmente se sente importante, onde não se colocam portagens absurdas à mobilidade rodoviária nem se prepara a instalação até ao ano de 2060 de indústrias petroquímicas junto do nosso melhor e mais rentável produto económico – as nossas praias».
Por isso, Paulo Rosário Dias, líder do MPT no Algarve, sublinha que «é no mínimo irónico que, enquanto se desenvolve um programa de reconhecimento das 7 melhores praias de Portugal, com o Algarve à cabeça, se intensifiquem as manobras de prospeção e exploração de petróleo ao largo do Algarve, com a total conivência de um silêncio ensurdecedor por parte de todos os quadrantes políticos regionais e locais».
«Tolera-se que o Primeiro-ministro, em 9 meses de governação, não tenha parido um dia que fosse para visitar o Algarve e perceber o que está a passar aqui, mas estranha-se, não se compreende, tamanha inércia de todos os responsáveis políticos da região», frisa Paulo Rosário.
«Os autarcas e os líderes partidários do Algarve, que nunca se pronunciaram nem se preocuparam em fazê-lo, continuam sem uma palavra, uma posição ou uma mínima preocupação sobre o impacto desta concessão que se traduz na maior alteração na vida regional desde o Aeroporto internacional», acrescenta.
O MPT diz ainda que «em tantas Associações de Defesa do Ambiente de âmbito regional e nacional, somente se conheça com resultados o trabalho da Associação Faro 1540 pelo seu trabalho social acerca deste assunto» da exploração de petróleo no Algarve, cumprimentando o seu «mérito» e «esforço».
E «porque a Primavera se aproxima e se prepara a próxima época balnear», o Partido da Terra desafia «os restantes partidos representados na região a terminarem a sua hibernação política e a assumir uma posição sobre o que está a acontecer ao Algarve, declarando se são a favor ou contra o abandono institucional da região turística, a troco de milionárias concessões cujos proveitos ficam em todo o lado menos no Algarve».
Comentários