Exposição de Artes Plásticas “Fora de Escala” de Manuel Baptista premiada pela Sociedade Portuguesa de Autores

A exposição «Fora de Escala», de Manuel Baptista, que esteve patente no Centro Cultural de Lagos no verão de 2011, […]

A exposição «Fora de Escala», de Manuel Baptista, que esteve patente no Centro Cultural de Lagos no verão de 2011, foi distinguida como a Melhor Exposição de Artes Plásticas, na categoria de Artes Visuais, nos Prémios Autores 2012, atribuído anualmente pela Sociedade Portuguesa de Autores.

Nesta Gala Anual do Prémio Autores 2012, organizada pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) e pela RTP, foram distinguidos os autores portugueses e as obras que mais se destacaram, no ano passado, nas diversas disciplinas de criação que a SPA abarca (Artes Visuais, Cinema, Dança, Literatura, Música, Rádio, Teatro e Televisão).

Na categoria de Artes Visuais, o trabalho do artista Manuel Baptista ganhou o prémio de Melhor Exposição de Artes Plásticas.

O Centro Cultural de Lagos, em parceria com o programa Allgarve’11 e com o apoio da EDP, acolheu, entre julho e outubro do ano passado, a exposição «Fora de Escala» com obras inéditas de Manuel Baptista, que revelaram uma vertente importante e desconhecida do  trabalho escultórico pensado pelo artista nas décadas de 1960 e 70.

A Câmara de Lagos garante que «esta exposição teve bastante sucesso, tendo sido visitada por mais de 2.800 pessoas, nacionais e estrangeiras».

Nesta exposição Manuel Batista apresentou diversas esculturas de grandes dimensões em que os temas e as formas se relacionavam com os desenhos e pinturas que caracterizam, e notabilizaram, o seu trabalho nomeadamente os temas vegetais ou paisagísticos (falésias, arbustos) mas onde surgem também outras referências como os objetos quotidianos (envelopes, camisas e gravatas).

Em «Fora de Escala», a par dos objetos escultóricos, foram apresentados diversos desenhos de grande formato e inúmeros cadernos de estudo que sustentam o pensamento visual de Manuel Batista.

Manuel Batista nasceu em Faro, em 1936. Em 1957 parte para Lisboa, onde frequenta o curso de Arquitetura na ESBAL (Escola Superior de Belas Artes de Lisboa), que mais tarde abandonará para se dedicar inteiramente à Pintura, curso que conclui em 1962. Nesse mesmo ano parte para Paris, como Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, onde reside até 1963. Em 1968 vive em Ravena, Itália com uma Bolsa do Instituto de Alta Cultura.

Entre 1964 e 1972 foi Professor Assistente de Pintura na ESBAL, onde teve como alunos nomes como Eduardo Batarda, Cristina Reis, Fátima Vaz e Helena Lapas, entre outros.

Em 1972 executa a intervenção plástica sobre painéis de madeira no Banco Nacional Ultramarino, em Sacavém. Dois anos depois – 1974 – participa na pintura coletiva comemorativa da Revolução de abril realizada na Galeria de Arte Moderna, em Belém.

Entre 1977 e 1980 desloca-se regularmente a Lippstadt e Schmallenberg, na República Federal da Alemanha, onde trabalha e realiza quatro tapeçarias para a Fábrica Falke (Imago).

Em 1988 apresenta a primeira retrospetiva de desenho e pintura (1956-1988), no Convento do Espírito Santo, Loulé. Assume a Direção das Galerias Municipais de Faro (Trem e Arco) em 1990 e realiza a segunda retrospetiva de pintura (1963-1990) na SNBA (Sociedade Nacional de Belas Artes), Lisboa.

Manuel Batista vê concretizada a sua primeira exposição antológica em 1996, na Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, Almada. No mesmo ano realiza os primeiros estudos para a intervenção plástica na estação Quinta das Conchas, Lumiar, Metropolitano de Lisboa.

Mais de três dezenas de exposições individuais e quase quarenta exposições coletivas, o artista conquistou, entre outros, o Prémio Soquil de Artes Plásticas (1970), Prémio Arus de Pintura (1982, Exposição Nacional de Arte Moderna Arus), Grande Prémio de Pintura da IV Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira (1984), Prémio BANIF de Pintura (1993).

 

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