António Rosado expõe «Retratos de Alvor» na EMARP

A exposição de pintura «Retratos de Alvor», de António Rosado, está patente até ao dia 20 de abril no átrio […]

A exposição de pintura «Retratos de Alvor», de António Rosado, está patente até ao dia 20 de abril no átrio da Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Portimão (EMARP).

António Rosado nasceu em Vendas Novas, no Alentejo, em 24 de fevereiro de 1934.

O hábito de familiares e amigos o tratarem pelo diminutivo de Tónica baseia a escolha do pseudónimo ACINOT para as suas obras. A preferência pelo desenho e pelo desporto, aliada ao facto de ter nascido numa família modesta e num contexto pouco motivador dessas capacidades, não favoreceram a sua vida escolar, reduzida ao obrigatório na época.

A entrada como aprendiz de carpinteiro na oficina de um tio materno representou, neste contexto, uma “verdadeira preparação para a vida”.

Os tempos livres seriam, a partir de então, aproveitados a praticar os mais variados desportos e a aplicar o seu gosto pela pintura e desenho, ilustrando jornais de parede, pintando retratos dos seus artistas de cinema preferidos, produzindo banda desenhada de histórias, etc.

Em 1965 abandona a profissão de carpinteiro para desempenhar a função de zelador na Câmara Municipal de Vendas Novas, cargo que mantém durante oito anos.

Incluindo essa função a fiscalização de obras no concelho, é obrigado a um estreito contacto com os projetos de construção e a hipótese de materializar o gosto pelo desenho numa atividade profissional impele-o a investir nessa área.

Inscreve-se em cursos por correspondência e candidata-se ao curso de “Mestrança de Obras” da Escola Industrial de Évora, que completa em 1969.

A incompatibilidade das duas funções obriga-o a abandonar o cargo para se dedicar a tempo inteiro à elaboração de projetos, proliferamente representados em construções por todas as freguesias da cidade.

Em 1973 é convidado para desenhador da Escola Prática de Artilharia, onde permanece até à reforma, em 1998.

Durante este período, e para além das funções inerentes ao cargo, faz algumas experiências no campo da pintura a óleo, donde resultam vários trabalhos, quase todos patentes naquela Escola e dos quais se salientam “A entrada do Polígono de Tiro”, “Exercícios de Tiro com Obus” e a “A construção do Palácio das Passagens”, figurando esta última em brochura do Museu da Escola Prática de Artilharia.

A par desta atividade profissional foi desenvolvendo a técnica da pintura a óleo em temas como a Caça, a Paisagem e Motivos Alentejanos.

Em 2001, e como forma de homenagem à sua terra, começa a desenvolver um trabalho de Paisagem Urbana, representando não só os locais mais emblemáticos da cidade de Vendas Novas, como ainda aqueles que, aliados à sua própria história, mais tocam a sua sensibilidade.

Deste trabalho resultou a sua participação em duas exposições coletivas (Exposição Internacional de Artes Plásticas, 2003 e 2004) e duas exposições individuais (Hotel ACER, Maio de 2008 e Museu da Escola Prática de Artilharia, Maio de 2011, aquando das comemorações dos 150 anos da EPA).

A sua preferência por Portimão para passar férias e a recente residência da filha na freguesia de Alvor consubstanciaram a sua admiração por esta freguesia e suas gentes.

Adotando esta pitoresca terra também como sua, resolve retratar os recantos que, de forma mais significativa, habitam nas suas memórias.

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