Desporto, cultura e lazer reunidos no novo “pulmão” de Loulé

As expetativas quanto à remodelação do Parque Municipal de Loulé levaram a que centenas de louletanos tivessem marcado presença, esta […]

As expetativas quanto à remodelação do Parque Municipal de Loulé levaram a que centenas de louletanos tivessem marcado presença, esta quarta-feira de manhã, na inauguração desta obra considerada já por muitos como uma das mais importantes para a qualidade de vida das populações no contexto citadino.

Neste dia festivo em que se assinalou o 24º aniversário de elevação de Loulé ao estatuto de cidade, abriu-se um novo espaço que reúne não só as componentes de desporto e lazer, existentes antes da intervenção, mas também a cultura, enquanto novo polo dinamizador do Parque Municipal.

Tornar o principal “pulmão” da cidade de Loulé num local atrativo para a população, num espaço destinado à prática desportiva ou ao puro lazer, bem como às atividades culturais, garantindo todas as condições necessárias para o bom funcionamento desta infraestrutura, foram as principais bases desta obra de remodelação.

Tendo em conta que a área ocupada pelo Parque se encontrava degradada e desaproveitada, tornou-se imperativo proceder à sua completa renovação e modernização, adequando-a à filosofia e às necessidades atuais.

Como tal, a intervenção consistiu essencialmente na recuperação de toda a área existente, com exceção do anfiteatro e do campo de râguebi (este último apenas foi dotado com novo sistema de rega).

Um parque infantil, um minigolfe (com possibilidade de iniciação na modalidade), a criação de um circuito de manutenção com um percurso de cerca de 800 metros em dois tipos de pisos, a instalação de um conjunto de máquinas exteriores para exercício físico e a adaptação da antiga Quinta do Pombal a um espaço cultural que engloba o CECAL – Centro de Experimentação e Criação Artística de Loulé e a Casa da Cultura de Loulé, são alguns dos polos dinamizadores que agora fazem parte do Parque.

Está ainda reservado um espaço para colocação de uma grande pirâmide de escalada para diversão em grupo (Net Mountain Galaxi).

A redefinição da rede de caminhos, a criação de estacionamento junto aos principais equipamentos, a remodelação de infraestruturas (rede de esgotos, água, eletricidade e telecomunicações), o ajardinamento de todo o Parque, a colocação de um sistema de rega automático e a implantação de novo mobiliário urbano foram outras das intervenções.

Foi ainda feita uma grande melhoria em termos de iluminação que pretendeu, fundamentalmente, promover a segurança no Parque junto dos seus utilizadores, tornando-o num local mais aprazível.

Também o Monumento ao Engº Duarte Pacheco recebeu nova iluminação, com o intuito de dignificar este marco arquitetónico da cidade.

Numa clara preocupação ambiental, importa ainda dizer que a água para rega de todo o parque terá origem na nora existente junto à Casa do Pombal e na que vem, por conduta, da Tôr, (água de furo).

Numa explicação desta intervenção, o vice-presidente da Câmara José Graça adiantou que neste momento o Parque tem uma área de 43.000 metros quadrados, mas que, futuramente, irá crescer cerca de 20.000 metros quadrados, com a expansão prevista para os terrenos do antigo Bairro de Santa Luzia e por áreas de cedência das Residências do Parque, urbanização situada no lado poente do Parque. Quando essa ampliação for feita, o Parque ficará com uma área de 63.000 metros quadrados.

A obra orçou em 3,6 milhões de euros.

Foi em 1946 que a Quinta do Pombal e os terrenos adjacentes foram cedidos à Câmara Municipal de Loulé por Antónia do Carmo Provisório da Silva Campos, benfeitora do concelho.

Surge então o projeto para a criação de um parque urbano e, em 1953, arrancou a plantação, seguindo-se os arruamentos, em 1956.

Só na década de 80 é retomado o projeto e é a partir daí que nascem os equipamentos como os Campos de Ténis, o Campo Nº3 (Râguebi) ou as Piscinas Municipais. Com esta intervenção, abre-se um novo ciclo na vida deste espaço verde.

Reabilitação urbana na cidade

O presidente da Câmara de Loulé Seruca Emídio falou do Parque como um “espaço renovado, que fazia muita falta à comunidade e que está agora ao serviço de toda a população”.

O edil referiu que esta foi mais uma intervenção integrada num vasto conjunto de obras de requalificação urbana e do qual fazem parte a reabilitação do Cine-Teatro Louletano, a recuperação do Mercado Municipal de Loulé ou a renovação da Praça da República, e agora a reabilitação do Parque Municipal.

“Foram dez anos de grande intervenção e requalificação na parte urbana da cidade de Loulé, para não falar no resto do Concelho. Estas intervenções vieram readaptar, criar novas condições para que fossem usufruídos pelos cidadãos em melhores condições de conforto, adaptados às exigências atuais e que servissem de orgulho para aqueles que vivem esta cidade e este concelho”, salientou o edil.

Seruca Emídio falou ainda da importância da componente cultural que agora faz parte deste espaço verde. “Esta era essencialmente um parque desportivo, despois de lazer, e agora ganhou uma componente cultural muito importante que é transmitida pela reabilitação da Casa do Pombal, com a integração da Casa da Cultura e do CECAL”, frisou.

É um espaço que merece ser visitado.
Considerando que “as situações que inibiam as pessoas de cá vir estão ultrapassadas”, nomeadamente a falta de segurança provoca em parte pela má iluminação do espaço, o autarca disse que o Parque é agora um local “que merece ser visitado”.

Já o presidente da Junta de Freguesia de S. Clemente Pedro Oliveira falou dos tempos em que o Parque Municipal começou a crescer com novos equipamentos, sobretudo a partir da década de 80. Quanto ao futuro foi perentório: “Todos nós vamos aproveitar este espaço maravilhoso que a partir de hoje fica à nossa disposição”.

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