«Libélulas e Libelinhas Algarvias» são tema da «Ciência à Conversa» no CCV de Lagos

«Libélulas e Libelinhas» é o tema da palestra de Nuno de Santos Loureiro, docente e investigador na Universidade do Algarve, […]

Libélula da espécie Anax parthenope - foto de Nuno Loureiro

«Libélulas e Libelinhas» é o tema da palestra de Nuno de Santos Loureiro, docente e investigador na Universidade do Algarve, no âmbito do ciclo «Ciência à Conversa», no Centro Ciência Viva de Lagos, sábado, dia 11 de fevereiro, às 15h30, com entrada livre.

Este Ciência à Conversa vai contribuir para que o conhecimento e o reconhecimento do interesse destes animais do Algarve venham a ser ampliados.

Para além da perspetiva da divulgação científica, procurar-se-á abordar ainda outra vertente dos Odonata: o seu potencial para valorizar e diversificar o turismo de natureza na região.

Nuno de Santos Loureiro, docente e investigador na Universidade do Algarve há mais de duas décadas. Recentemente publicou um ebook com o título ‘Libélulas e Libelinhas no Algarve’ e prepara agora uma plataforma online, tendo em vista dinamizar grupos de voluntários para a consolidação de um Atlas dos Odonata no Mediterrâneo ocidental (Algarve, Andaluzia, Marrocos e Argélia).
Os insetos da Ordem dos Odonata, ou seja, as libélulas e libelinhas, distribuem-se por toda a região e podem ser vistos entre março e novembro, em geral sobre rios, ribeiras, charcas, pequenas e médias barragens, etc.

Além desta presença quase constante, o Algarve está nas trajetórias das migrações de algumas espécies de Odonata, o que leva a aumentar consideravelmente as suas populações em curtos períodos do ano. Em síntese, pode dizer-se que a biodiversidade algarvia é inegavelmente interessante e, até, surpreendente!

Pode ainda afirmar-se que o Algarve está entre as regiões da Europa dos 27 que têm, quer um maior número total de espécies, quer um maior número de espécies endémicas.

Por outro lado, no Algarve existem três espécies vulneráveis e uma ameaçada de extinção. Três estão referidas na Diretiva europeia Habitats, que estabelece algumas medidas de conservação.

Por último, os Odonata são cada vez mais uns bio-indicadores importantes; por um lado, diversas espécies são sensíveis à qualidade das águas e desaparecem se esta se degradar; por outro, têm vindo a ser observadas e estudadas modificações significativas na distribuição geográfica de algumas espécies de Odonata, e tais alterações encontram sempre relação e justificação no aquecimento global.

 

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