Músicos de Faro tiveram ano de 2011 produtivo, apesar da ação de despejo que os ameaça

O ano ficou marcado pela luta contra a ação de despejo que pende sobre a coletividade, mas 2011 acabou por […]

O ano ficou marcado pela luta contra a ação de despejo que pende sobre a coletividade, mas 2011 acabou por ser bem produtivo para a Associação Recreativa e Cultural dos Músicos (ARCM), sedeada em Faro.

Apesar da crise, foi possível investir numa viatura de nove lugares que permitiu a artistas algarvios deslocar-se para outros pontos do país e mesmo para o estrangeiro, para além de oferecer muitas horas de trabalho voluntário.

A associação fez do balanço do ano numa nota enviada às redações, onde a questão da ação de despejo e os esforços que estão a ser desenvolvidos para encontrar uma sede definitiva ocupam um lugar de destaque.

No que à ação de despejo diz respeito, a ARCM recorda as 4340 subscrições da Petição “Em defesa da ARCM” que, logo em Janeiro, «foram entregues em mão ao então Presidente da Assembleia da República (Petição Nº 127/XI/2) e mais 7 entidades centrais e locais com responsabilidades nas áreas da Cultura e Juventude».

Esta iniciativa abriu as portas da Assembleia da República à ARCM, que ao longo de 2011 esteve no Parlamento por três vezes, «a última das quais em 21 de Outubro para assistir à sua discussão em Plenário, que se traduziu num reconhecimento pelos vários grupos parlamentares da importância do trabalho desenvolvido pela ARCM e a necessidade de garantir a sua continuidade».

A continuidade da associação está dependente de se encontrar uma solução definitiva para a sua sede. Atualmente, a ARCM está a ser alvo de uma ação de despejo do espaço que ocupa perto da estação da CP, em Faro.

Em causa um diferendo que se arrasta há alguns anos, com o novo senhorio, que pretende levara a cabo um projeto imobiliário na zona. A associação contestou a ação de despejo, mas já procura uma solução definitiva, que lhe permita continuar a oferecer os mesmos serviços que hoje proporciona, entre os quais salas de ensaios usadas por dezenas de bandas algarvias.

Em cima da mesa está a construção de uma nova sede, num terreno cedido este ano pela Câmara de Faro, «mas isto, a acontecer, exigirá encontrar formas de financiamento, vontade política e mobilização da comunidade para a materialização da ideia», avisou a ARCM.

No campo do voluntariado e no ano em que o trabalho desinteressado em prol do bem comum foi celebrado a nível europeu, dirigentes e sócios da ARCM contribuíram com cerca de 4800 horas de trabalho não remunerado.

O ano que vai terminar também foi atarefado, ao nível de eventos, com destaque para  «a festa do “XXI Aniversário” que reuniu diversos músicos em defesa da ARCM, a  programação de “ABRIL, Dias de Música e Liberdade”, o “EmContraTeatro – Encontro de Teatro da ARCM”, o “RiaFest – Festival de Verão da ARCM” e o “Curso das Artes de Palco”».

«Em 2011, a ARCM ultrapassou o número de 500 associados (2/3 têm até 35 anos de idade), elegeu órgãos sociais, atingiu 5000 amigos na rede social Facebook, e constituiu secções, entre elas a Secção de Jogos de Tabuleiro, que em cada encontro mensal tem vindo a juntar mais jogadores», revelou, ainda a associação.

 

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