Dom Manuel Quintas: Um Natal que não vá ao encontro dos outros «é uma contradição»

«O verdadeiro Natal só acontece quando eu vou à procura dos outros, quando os incluo na minha festa e na […]

«O verdadeiro Natal só acontece quando eu vou à procura dos outros, quando os incluo na minha festa e na minha vida. Um Natal voltado para si mesmo, não faz sentido, é uma contradição», acredita Dom Manuel Quintas.

O Bispo do Algarve foi o convidado desta semana que precede o Natal do programa radiofónico «Impressões», dinamizado em conjunto pelo Sul Informação e pela Rádio Universitária do Algarve e deixou um apelo aos algarvios, nesta época festiva.

«O meu primeiro apelo de Natal, é exactamente que as pessoas procurem o essencial do Natal e da vida. E o essencial do Natal é muito simples: o que nós celebramos é um Deus que vem viver conosco, que se faz criança, que se faz menino, que se faz um de nós», disse.

Já procurar o essencial na vida, passa, na visão de Dom Manuel Quintas, por nos fazer uma reflexão «a nível familiar, de opções, de projetos de vida e até ao nível de gastos,

de consumismo».

«Um dos efeitos benéficos da crise que vivemos é que nos ajuda a procurar o essencial em tudo na vida e também o essencial do Natal. Por exemplo, na troca de presentes, penso que antigamente havia um consumismo muito irrefletido. Hoje, talvez as pessoas possam conseguir o mesmo objetivo sendo criativas, no modo como exprimem esse sentimento de fraternidade, proximidade e amizade», considerou o Bispo do Algarve.

«As crises são sempre tempos de crescimento, de purificação de motivações, de aprofundamento de elementos essenciais da vida. Penso que esta crise pode ajudar-nos nesta busca», acredita.

«Outro aspecto importante nesta altura é vivermos a vida com esperança. Para viver o Natal de maneira plena, tem de ser com esperança. Ela é esta força que nós que temos fé recebemos da certeza que Cristo caminha conosco, está no meio de nós e nos ajuda a enfrentar as dificuldades e a partilhar o muito ou pouco que temos com os que têm menos que nós», continuou Dom Manuel Quintas.

«Por fim, apelo à solidariedade e à partilha do Natal com os outros e para os outros», concluiu.

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