Grupo de Ação Local Adere questiona ausência de turismo de natureza, saúde e bem-estar no PENT para o Algarve

O Grupo de Ação Local Adere – que engloba os municípios de Monchique, Vila do Bispo, Aljezur, Lagos, Portimão e […]

O Grupo de Ação Local Adere – que engloba os municípios de Monchique, Vila do Bispo, Aljezur, Lagos, Portimão e Silves – enviou uma carta ao ministro da Economia Álvaro Santos Pereira, onde questiona a ausência do Turismo de Natureza, saúde e bem-estar no Plano Estratégico Nacional de Turismo para o Algarve.

Em missiva assinada por Rui André, presidente da Câmara de Monchique, o GAL diz ter conhecimento de que o Turismo de Portugal poderá dar instruções à Associação de Turismo do Algarve para que, «no ano de 2012, não realize ações de promoção em torno do turismo de natureza ou outra, privilegiando e entendendo como produtos estratégicos o sol e praia, o golfe, incentivos e turismo residencial» e revela «estranheza pela não inclusão/aposta no Turismo de Natureza saúde e bem-estar, implicitamente ligados aos territórios onde intervêm os GAL do Algarve».

Segundo o documento a que o Sul Informação teve acesso, para o GAL – Adere, «seria um erro crasso não reconhecer as enormes oportunidades decorrentes da proximidade com o complexo turístico de Sul e praia em territórios de qualidade e valia ambiental absolutamente invulgares, principalmente numa fase, em que a natureza, o ambiente e as atividades que lhe estão associadas estão em clara expansão».

Por isso, Rui André na missiva dirigida ao ministro da Economia, em nome dos três GAL do Algarve, faz votos que a situação seja reversível e passível de ser alterada por Álvaro Santos Pereira.

O GAL Adere considera ainda que, «a ser verdade, tal situação deita por terra todo um trabalho de várias entidades e privados no sentido de colocar, com toda a legitimidade, estes produtos turísticos como um dos produtos chave para o Algarve».

O facto de o mercado turístico de natureza, saúde e bem-estar abranger «mais de 22 milhões de pessoas na Europa», também é realçado, bem como a candidatura dos GAL do Algarve, com um investimento superior a meio milhão de euros, tendo em vista um investimento no turismo de natureza como forma de garantir a sustentabilidade destes territórios de baixa densidade populacional».

Por fim, é reforçada a ideia de que «não será compreensível que a estratégia do Turismo de Portugal, para o Algarve, não reflita de uma forma clara e inequívoca que, para além do sol e praia, golfe, incentivos e turismo residencial, o turismo de natureza, saúde e bem-estar não esteja contemplado» no PENT.

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