Greve de docentes na Universidade do Algarve deixa «mais de 50 por cento das aulas» por realizar

A Greve Geral deixou a Universidade do Algarve (UAlg) em «serviços mínimos», mas a adesão dos professores ao protesto não […]

A Greve Geral deixou a Universidade do Algarve (UAlg) em «serviços mínimos», mas a adesão dos professores ao protesto não foi em número suficiente para fechar os portões da instituição, apesar de esse ser o grande objetivo do piquete de greve que esteve esta manhã à porta da universidade algarvia.

Pouco depois da hora marcada para a concentração, não eram muitos os docentes que marcavam posição junto ao portão nascente do Campus das Gambelas, mas isso não espelhava a adesão que houve.

«Ainda não temos dados concretos, mas seguramente mais de 50 por cento das aulas não se realizaram e o número pode chegar aos 80 por cento», revelou um dos organizadores do piquete José Moreira.

O professor da UAlg disse não poder afirmar «que a universidade está parada», mas que «não é um dia como os outros, o que era a nossa intenção».

«Penso que a greve entre o pessoal não docente é muito significativa. Não estamos totalmente satisfeitos, porque gostaríamos que os portões estivessem fechados, já que este é um dia de luta muito importante, tendo em conta os ataques que estão a ser feitos não só aos trabalhadores por conta de outrem, mas ao sistema universitário», ilustrou José Moreira.

«Neste momento, tanto aqui no Algarve como noutros pontos do país, já existem estudantes que estão a abandonar o Ensino Superior porque não têm possibilidades económicas para continuar», acrescentou.

Apesar de a Greve Geral dos professores da UAlg estar também ligada a problemas sociais dos alunos, da parte dos estudantes houve «reações dúplices». «Por um lado, compreendem completamente a questão da greve, nomeadamente o efeito das medidas restritivas nos orçamentos dos pais, e estão solidários. Por outro, cada vez estão mais desencantados e cada vez procuram mais oportunidades no exterior», considerou.

«Esta concentração é simbólica. O que nós apelamos é que esta tarde todos os trabalhadores, estudantes e reformados se unam aos protestos marcados em diversos pontos da região pelas centrais sindicais», disse José Moreira.

Os participantes neste piquete irão juntar-se ao protesto convocado pela União de Sindicatos do Algarve, no Jardim Manuel Bívar, na baixa de Faro, a partir das 15 horas.

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