CDU acusa PS de “incompetência” na gestão autárquica de Beja

A Coordenadora Concelhia de Beja da CDU fez ontem, em conferência de imprensa, o balanço dos dois anos de mandato […]

A Coordenadora Concelhia de Beja da CDU fez ontem, em conferência de imprensa, o balanço dos dois anos de mandato do Partido Socialista e de Jorge Pulido Valente, presidente do município, à frente dos destinos da Câmara de Beja. Para os comunistas foram “dois anos de prejuízo para o concelho”.

A CDU considera que “desilusão” é a palavra que melhor define “o sentimento que vivem muitos dos que acreditaram nas promessas do PS ou que mantiveram expectativas de poderem vir a ser concretizados os projetos anunciados para o concelho”.

A maioria PS/Pulido Valente “não tem correspondido às expectativas e às promessas feitas na campanha eleitoral” e também “não esteve interessada em levar por diante um conjunto de projetos da anterior gestão”, acusaram os eleitos da CDU.

Os comunistas deram como exemplo: o atraso de dois anos do projeto de reabilitação urbana, o atraso em intervenções como a prevista na peixaria do Mercado Municipal, a reabilitação das muralhas de Beja, o pavilhão multiusos em Santa Clara do Louredo e o atraso no início das obras de recuperação do Bairro Social.

Miguel Ramalho, vereador da CDU na Câmara de Beja e membro da Coordenadora Concelhia de Beja da CDU, disse que existem um conjunto de projetos que estavam prontos para avançar para obra seis meses depois do início do mandato de Jorge Pulido Valente e só tiveram início neste momento.

Para o vereador, esta situação deve-se à “incompetência” da maioria PS, à “intenção de deslocar os projetos do final do anterior mandato para aparecerem aos olhos da população como não sendo projetos do anterior executivo”. Miguel Ramalho referiu que o PS se quis aproveitar da situação para aproximar a conclusão das obras do final do mandato e assim poder beneficiar destas eleitoralmente.

O vereador comunista considera que o executivo PS na Câmara de Beja se caracteriza pelo “folclore e acessório” em detrimento das intervenções que deveriam ser “urgentes e prioritárias”.

A CDU expressou ainda a sua “solidariedade” com os trabalhadores do Município. Os eleitos “condenam o clima de suspeição e de perseguição, instituído pela maioria PS desde o início do mandata, junto dos trabalhadores da autarquia e a responsabilização destes por desenlaces negativos” que segundo os comunistas resultam “exclusivamente da incompetência da gestão PS”.

Na conferência de imprensa, foram também feitas críticas relativamente à posição da Câmara de Beja com as Juntas de Freguesias rurais. Os comunistas asseguraram que as freguesias “foram completamente excluídas da atividade do Partido Socialista”.

A maioria PS no município “deixou de se preocupar com investimentos, não honrou compromissos de pagamentos de protocolos, atrasou pagamentos de transferências correntes, sabendo que essas verbas eram necessárias para pagamento dos salários dos trabalhadores” frisou a CDU. Segundo os eleitos a ligação com as freguesias tornou-se “inexistente”, sem reuniões regulares de acompanhamento e conhecimento dos diversos problemas.

Os comunistas asseguraram ainda que vão prosseguir o seu trabalho através de uma “política de proximidade junto das associações e da população em geral, procurando ser portadores dos seus anseios e preocupações junto do Município, transmitindo ao povo de Beja a confiança e a certeza na necessidade de uma alternativa à ruinosa gestão PS”. A CDU garantiu retomar uma política que defenda os interesses e os direitos da população do concelho, no próximo mandato.

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