António Lobo Antunes fala sobre «Comissão de Lágrimas» no Pátio de Letras

António Lobo Antunes estará em Faro, no Pátio de Letras, já no próximo sábado, dia 12 de novembro, às 17 […]

António Lobo Antunes estará em Faro, no Pátio de Letras, já no próximo sábado, dia 12 de novembro, às 17 horas, para, em sessão aberta ao público, falar sobre a sua mais recente obra, «Comissão de Lágrimas», e da vida que há para além da escrita e da leitura.

Em tempos pouco dado a entrevistas, António Lobo Antunes é hoje um homem que retira prazer de uma ida à Feira do Livro, onde dá autógrafos; um homem que já não teme as câmaras de televisão ou os estúdios radiofónicos e é capaz de se deleitar e de nos deleitar com uma boa entrevista, uns bons dedos de conversa.

«Logo, claro, também um homem que acedeu amavelmente ao convite da Pátio de Letras para conversar com os seus leitores e com os jornalistas interessados já nesta sessão que se aproxima, a 12 do corrente», explica aquele espaço cultural da cidade de Faro.

 

Sobre a obra

Angola. 1977. Três anos decorridos após a independência de Portugal. Agostinho Neto do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) no poder. Um homem contestado por muitos tais como Nito Alves, ex-dirigente daquele movimento, a encabeçar a oposição ao regime.

Prepara-se a 27 de Maio, uma sexta-feira de madrugada um Golpe de Estado que, não obstante os muitos apoiantes, fracassa. Sucede-se, então, uma última tentativa de levar o golpe em frente e surge um atentado contra o próprio presidente que, escapando ileso, afirmará perante os seus opositores “não haverá contemplações, não perderemos muito tempo com julgamentos”.

Nesse mesmo contexto surgem as perseguições aos opositores do regime, as torturas, as prisões arbitrárias, as buscas a casas, as condenações desta feita não pelo Tribunal Militar, mas sim pela Comissão revolucionária então instituída e que ficará conhecida como Comissão das Lágrimas.

Comissão de Lágrimas, nome dado ao tribunal por onde passaram suspeitos de estar envolvidos no golpe de Estado de 1977 é também o nome escolhido por António Lobo Antunes para o seu mais recente livro.

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