A segunda fase de candidaturas ao Ensino Superior trouxe mais 444 novos alunos para a Universidade do Algarve (UAlg), que se juntam aos cerca de mil que já haviam garantido o ingresso nos cursos desta instituição na primeira fase. Os números de 2011 são próximos dos de outros anos, mas houve surpresas no que tocou a escolhas dos candidatos.
Neste momento, ainda falta determinar o contingente proveniente dos concursos especiais (transferências, reingressos, maiores de 23 anos ou diplomados no âmbito dos CET), «prevendo-se que o total de novos alunos se aproxime no número de vagas a concurso».
«Embora, o número de novos alunos se aproxime das vagas a concurso, há cursos que não conseguiram captar os estudantes previstos. Outros, pelo contrário, superaram as expetativas», revelou a UAlg, num comunicado.
Os cursos de artes e comunicação, ciências e tecnologias da saúde, economia, turismo e gestão, psicologia, educação, sociologia e desporto obtiveram, na maior parte «100 por cento de colocações». «Alguns cursos das áreas da biologia e da engenharia conseguiram também bons resultados», revelou a universidade algarvia.
O mesmo não se poderá dizer dos demais, que segundo a UAlg terão mesmo tido «resultados sofríveis», tendo-se notado «pouca procura nos cursos oferecidos nos regimes pós-laboral e de ensino à distância», algo que foi sentido noutras instituições de Ensino Superior Público, frisou a UAlg.
«Os casos mais problemáticos incidiram na quase generalidade das engenharias dos subsistemas politécnico e universitário. Por um lado, as provas de acesso para estes cursos foram mais difíceis; por outro, o decréscimo de candidatos a engenharia foi acentuado, condicionantes que justificam esta reduzida procura. A inversão desta tendência, necessária para a regeneração do tecido produtivo nacional, obrigará não só a um esforço de promoção pública, mas também à manutenção do nível de qualidade dos cursos oferecidos», considerou.
Para tentar inverter esta tendência, no futuro, a UAlg vai reforçar «as ações de esclarecimento junto dos estudantes do ensino secundário, de forma a garantir que o crescimento do fluxo de candidatos ao ensino superior mantenha o ritmo dos últimos anos».
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