Reitor da Universidade do Algarve quer que alunos estudem mais e festejem menos

Os estudantes da Universidade do Algarve deverão dedicar-se mais ao estudo e menos à folia! A mensagem é do reitor […]

Os estudantes da Universidade do Algarve deverão dedicar-se mais ao estudo e menos à folia! A mensagem é do reitor da instituição, que considerou a duração de alguns momentos festivos programados pela Associação Académica da UAlg excessiva e lesiva das atividades letivas.

João Guerreiro foi o convidado do programa radiofónico «Impressões», dinamizado em conjunto pelo Sul Informação e pela Rádio Universitária do Algarve RUA FM. A entrevista foi transmitida originalmente na quarta-feira e pode voltar a ser ouvida na íntegra em www.rua.pt.

Apesar de afirmar não ter «nada a ver» com os momentos festivos organizados pela AAUAlg, o reitor anunciou que terá uma mão mais firme sobre a sua supervisão, nos campos em que tem competências.

«Dentro da universidade, temos limitado ao máximo aquilo que são as praxes. Provavelmente, para o ano, a nossa postura será muito mais dura. A nossa posição foi endurecendo ao longo dos anos, mas será ainda mais dura no ano que vem, pois não faz muito sentido» que o processo de praxe dure tanto tempo, disse João Guerreiro.

«Há uma medida muito dura que foi estabelecida pelo Governo há alguns anos que afeta os excessos cometidos nas praxes e tudo o que vai além do razoável, inclusivamente do ponto de vista criminal. Nós temos condições de intervir e, nesse sentido, faço a declaração que já fiz noutros anos, que as atividades letivas não devem ser perturbadas devido à Semana do Caloiro», revelou.

«Telefonei ao presidente da AAUAlg antes do início desta festa e disse que estava incomodado pelo programa que estava estabelecido e pela duração das festividades, porque abrangeram mais de uma semana, com festas até altas horas da noite. A questão que eu coloquei foi que, com festas até altas horas, dificilmente os alunos se apresentariam nas aulas às 8h30», ilustrou o reitor da Ualg.

«O presidente da associação emitiu um comunicado na sequência deste telefonema, dizendo que o facto de haver festividades até às horas que definiu não queria dizer que os alunos não fossem às aulas e fez um apelo para que o fizessem. Mas, estes apelos, às vezes são difíceis de atender. Eu também compreendo que um aluno que se deite às 2 ou 3 horas da manhã, dificilmente se apresenta numa sala de aula às 8h30. E, se o fizer, dificilmente lá estará, está noutro mundo», criticou João Guerreiro.

«A AAUAlg é um parceiro fundamental na gestão de todos os assuntos relacionados com a universidade. Eu acho que que, ultimamente, a associação tem orientado a sua atividade mais para eventos festivos e menos para o reforço da coesão e qualidade interna da vida universitária», considerou João Guerreiro.

«Gostaríamos que houvesse um reforço no plano cultural, desportivo e da receção dos novos alunos, nomeadamente os estrangeiros, e na promoção de alguns debates públicos», desejou.

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