Faleceu o artista mertolense Mário Elias

O artista mertolense Mário Elias faleceu no dia 11 de outubro, anuncia a Câmara de Mértola, manifestando o seu «profundo […]

O artista mertolense Mário Elias faleceu no dia 11 de outubro, anuncia a Câmara de Mértola, manifestando o seu «profundo pesar».

Figura habitual das ruas de Mértola, Mário Elias deixa «além de uma grande obra, muita saudade nos que tiveram o privilégio de conhecer e conviver com este homem especial. Mértola ficou hoje mais pobre».

 
Mário Elias nasceu em Mértola no ano de 1934. Entre 1950 e 1970 colaborou nas revistas “Flama», «Almanaque Alentejano», «Revista Costa do Sol», «Século Ilustrado», «Fraternidade», «Estudos Psíquicos», e nos jornais «Sempre Fixe», «Ridículos», «Parada da Paródia», «Jornal de Campo de Ourique».

Colaborou também no «Diário do Alentejo», «O Campaniço», «Ibn Maruam», «Noletim Municipal da Câmara de Mértola», «Boletim da Associação de Defesa de Mértola», «Notícias de Beja», «Notícias de Odemira», «Peço a Palavra» e «Distrito de Portalegre».

Pertenceu ao movimento poético do Desintegracionismo (1963).

Publicou, com o apoio da Câmara Municipal de Mértola, os seguintes livros de ensaios: «Estudos Literários sobre Mértola e o seu Concelho», «O Drama de Mercedes Blasco», «Subsídios para a Património Histórico e Cultural do Concelho de Mértola».

Mário Elias publicou ainda «Santos Luz, Poeta Trágico» (Aljustrel), «A Estética do Pessimismo em Antónia Sequeira» e, mais recentemente, «Canhenho d’um Mertolense».

Ilustrou livros de diversos autores.

Em 1964, como pintor, foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.

Participou em inúmeras exposições de artes plásticas em todo o país das quais se destacam: Santarém; Almada; Sintra; Estoril; Casa do Alentejo; Beja; Castro Verde; Mértola; Santiago do Cacém; Vendas Novas; Portalegre; Monsaraz; Monforte; Nisa; Castelo de Vide; Estremoz e Elvas.

Em 1959, Mário Elias participou na coletiva 1ª Exposição de Desenho Moderno, na Casa da Imprensa, conjuntamente com nomes como Almada Negreiros, Ribeiro de Paiva, Francisco Relógio, Júlio Pomar, João Abel Manta e Jorge Barradas.

Em Mértola, a Junta de Freguesia decidiu prestar homenagem ao homem e ao artista atribuindo o seu nome à Casa das Artes.

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