Eleições intercalares no PS Algarve foram inviabilizadas pela Comissão Política Regional

A Federação do Algarve do Partido Socialista só irá a votos ao mesmo tempo das suas congéneres do país. A […]

A Federação do Algarve do Partido Socialista só irá a votos ao mesmo tempo das suas congéneres do país. A Comissão Política Regional do PS anulou ontem a moção que este mesmo órgão aprovou há cerca de dois meses, de agendamento de um Congresso Extraordinário para realização de eleições, numa decisão que não foi ao encontro das pretensões de muitos militantes socialistas algarvios.

Esta decisão significa, na prática, que Miguel Freitas se manterá como presidente da Federação por, pelo menos, mais seis meses.

A data dos congressos regionais vai ser marcada a nível nacional, uma vez que o recém-eleito presidente do PS António José  Seguro já anunciou que pretende fazer eleições simultâneas em todas as concelhias, numa primeira fase, e em todas as federações, numa fase seguinte.

Em declarações ao «Sul Informação», no final da reunião de ontem, a presidente da Comissão Política Regional do PS Algarve Isilda Gomes revelou que a decisão de anular a marcação de um congresso foi tomada «após muita ponderação» e que se justifica com as anunciadas eleições, que deverão ter lugar «em abril e maio».

«Desde há dois meses, as condições alteraram-se e está em curso a nível nacional uma reorganização estatutária e haverá congressos obrigatórios quando esta estiver concluída», ilustrou Isilda Gomes.

«Tendo em conta que todos os órgãos estão na plena posse dos seus poderes, não tendo havido qualquer demissão, neste momento, a mesma comissão que tomou a decisão anterior, optou por a anular», revelou.

O facto de que qualquer direção que saísse de um Congresso Extraordinário teria poucos meses de vida também pesou na decisão, admitiu. «Saímos todos daqui mais reforçados e unidos», garantiu Isilda Gomes.

Apesar desta garantia, no final da reunião era visível a desilusão de alguns dos militantes, que esperavam que fosse marcada uma data para realização de eleições.

Na passada semana, esse era o desfecho esperado e defendido por muitos socialistas algarvios e havia mesmo a esperança entre membros do PS que falaram com o nosso site que Miguel Freitas colocasse o seu lugar à disposição.

Esperança desfeita pelo presidente da Federação do Algarve em declarações ao «Sul Informação», ainda na passada semana. Miguel Freitas deixou bem claro que não pretende «deixar um vazio de poder» e que irá levar o seu mandato até final. passando o testemunho à próxima direção que vier a ser eleita.

Na mesma ocasião, Miguel Freitas garantiu que não se irá recandidatar ao cargo, algo que também não seria possível, à luz dos atuais estatutos. Mas com a revisão em curso, poderá haver mudanças.

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