Associação de Defesa do Património e Ambiente de Odemira promove passeio de comboio «Pouca-terra, muita serra»

A Associação de Defesa do Património e Ambiente «GESTO – Grupo de Estudos do Território de Odemira» vai promover o […]

A Associação de Defesa do Património e Ambiente «GESTO – Grupo de Estudos do Território de Odemira» vai promover o passeio de comboio “Pouca-terra, muita serra”, no próximo domingo, 30 de outubro.

O passeio pretende sensibilizar para a história da linha do sul, as suas estações e aldeias e alertar para a gradual supressão de comboios regionais que param nas estações do concelho de Odemira.

De acordo com informação prestada pela CP, o comboio regional R23703, com saída da Funcheira às 11h00 e chegada a Pereiras-Gare às 11h39, e o comboio R23702 no sentido inverso, Pereiras 14h50-Funcheira 15h28, vão ser suprimidos a partir de novembro.

A excursão “Pouca-terra, muita serra” começará na estação da Funcheira (concelho de Ourique), às 11h00, no comboio regional R23703, com chegada a Pereiras-Gare às 11h39. O almoço decorrerá no Café Arménio, seguido de passeio a pé pela aldeia.

O regresso de Pereiras-Gare será às 14h50, no CR 23702, com chegada à Estação da Funcheira, às 15h28. O custo de cada bilhete da CP é 3,90 euros, com desconto de 50% a crianças (4 a 12 anos, inclusive) e a idosos. O almoço custará 7 euros por participante.

Este terceiro passeio será conduzido pelo historiador António Martins Quaresma, com conversas sobre histórias da história e do futuro dos caminhos-de-ferro.

Serão abordados temas como a simbólica estação de Funcheira, o plano ferroviário do sul de 1858 e a definição na 2ª metade do séc. XIX pela escolha do corredor Amoreiras-Santa Clara-Sabóia na ligação de Lisboa a Faro, o caminho‐de‐ferro como génese de povoamentos e catalisador do desenvolvimento regional ao longo do séc. XX no interior do concelho de Odemira.

Serão ainda recordados os desafios de engenharia e agitações sociais resultantes da construção da linha, túnel do Vale da Isca e o fracasso do “grande assalto a Sabóia”, a chegada pelos CF de novas ideias perigosas da cidade grande ao mundo rural (anarco‐comunismo, socialismo libertário) e os graves acontecimentos de Vale de Santiago e Odemira de 1917, o desastre do Rápido do Algarve, em Sabóia, 1954, as opções de ligação de Odemira ao exterior e a nunca conseguida articulação ferrovia-rodovia.

Por último, irá falar-se do encerramento da ligação ferroviária para Beja (foi em Fevereiro 2011), a degradação das estações, eliminação dos comboios regionais e a supressão dos rápidos inter-regionais, para tentar responder à questão: qual o futuro do direito aos transportes públicos no nosso mundo rural?

Este será o terceiro evento, de um ciclo de quatro iniciativas entre outubro e novembro, depois do passeio “(Quase quatro) Castelos de Odemira” e “Por este rio acima”, nos dias 8 e 16 de outubro.

O próximo passeio terá como tema “Santas Rochas. Santuários rupestres de Odemira”, agendado para o dia 19 de novembro.

Contactos: 962825677 (Jorge Vilhena) e 916915441 (Joel Rodrigues) ou [email protected] ou [email protected]

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