Esperança e solidariedade são estrelas do “Astrofoia” de Monchique

Piquenique astronómico, oficinas de ciência e observação noturna no topo do Algarve

Foto: Centro Ciência Viva de Lagos

A mensagem que se quer passar é de «esperança» pois, «apesar dos fogos, ainda vale a pena olhar para as estrelas no alto de Monchique». O III Festival de Astronomia “AstroFoia” decorre já amanhã, sábado, 15 de Setembro, e a melhor maneira de ajudar é ir ao ponto mais alto do Algarve e fazer compras aos produtores locais. 

A festa da astronomia começa às 17h00, numa organização conjunta dos Centros Ciência Viva de Lagos, Faro, Tavira e Constância. A iniciativa conta também com a participação do Pavilhão do Conhecimento, além do Município e da Junta de Freguesia de Monchique e de vários produtores e artesãos locais.

Uma das maneiras de ajudar é consumir os produtos regionais e visitar os espaços expositivos da N’Artecicus – Associação Profissional de Artesãos e Artistas Plásticos e da Associação de Produtores de Medronho e Mel, no alto da Fóia.

Quem quiser também poderá levar um donativo não monetário, como alimentos, bens de higiene pessoal, eletrodomésticos, roçadoras e motosserras. Tudo será, depois, encaminhado para a Plataforma Ajuda Monchique, onde se poderá consultar a lista de bens necessários.

Embora este evento não pretenda angariar donativos em dinheiro, há a possibilidade de fazer doações, no local, por intermédio dos Bombeiros Voluntários de Monchique e da Associação de Artesãos de Monchique.

Para Luís Azevedo Rodrigues, diretor executivo do Centro Ciência Viva de Lagos, entidade que é a principal promotora da Astrofoia, «apesar de esta já ser a terceira edição desta festa de Astronomia, para as equipas Ciência Viva este evento tem uma dimensão mais próxima: a de mostrarmos que podemos promover a ciência e a tecnologia e igualmente sermos solidários».

«O Astrofoia não vai deixar de ser uma festa no ponto mais alto do Algarve – vai ser uma demonstração de que, apesar dos fogos, ainda vale a pena olhar para as estrelas no alto de Monchique. É sobretudo esta mensagem de esperança que gostaríamos de deixar», acrescenta.

Às 17h00 – e até às 19h00 – decorrem as oficinas para crianças, com identificação de constelações e objetos astronómicos, histórias de astronomia com programação, construção de relógios de sol e de foguetões, bem como observação solar.

Depois, das 19h00 às 19h30, há um momento cultural com poesia (Ana Maria Dias) e dança (Zoia Malá). Para as 19h30, está agendado o piquenique astronómico.

Neste, todos os participantes podem levar «algo para partilhar e ajudar a rechear a mesa coletiva». A organização solicita que, se possível, se leve pratos, talheres e copos reutilizáveis, para se reduzir o impacto no ambiente.

Recomposto o estômago, às 20h30, começa a montagem dos telescópios, seguida de um segundo momento cultural de dança. Às 21h00, arranca a observação noturna.

Para Rosália Vargas, presidente da Agência Nacional Ciência Viva e do Pavilhão do Conhecimento, o Astrofoia tem como principal benefício «incentivar o contacto direto entre o público e os investigadores, num ambiente informal de convívio e lazer».

«É com grande entusiasmo que o Pavilhão do Conhecimento marca presença com atividades experimentais sobre dimensão e tamanhos do Sistema Solar. Tudo isto para potenciar o envolvimento dos cidadãos, de diferentes faixas etárias, com a ciência», explica ainda.

Segundo Máximo Ferreira, astrónomo e diretor do Centro Ciência Viva de Constância, «participar no III Astrofoia resultou da obrigação moral de cooperação entre Centros Ciência Viva», mas, essencialmente, deveu-se «aos propósitos de solidariedade para com pessoas e entidades afetadas pela desgraça».

Esta dimensão solidária do Astrofoia é reforçada por Ana Ramos, diretora do Centro Ciência Viva de Tavira, pois a iniciativa «envolve diferentes instituições, tais como a Rede de Centros Ciência Viva, Clubes de Astronomia, Municípios, associações locais», algo que, além de promover «a divulgação de ciência e incutir a curiosidade para a Astronomia», dá uma «maior relevância à vertente solidária».

A Junta de Freguesia de Monchique também colabora neste evento. Para o seu presidente José Gonçalo Duarte, a Junta «fá-lo com muito agrado, não só pela dimensão cultural do evento, como, e foi isso que me agradou mais, pela ajuda a Monchique ser feita no fomento da economia local, por intermédio da compra de produtos locais, como o medronho ou o mel».

Para o autarca, «esta Festa de Astronomia deverá ter continuidade no futuro».

 

Programa:

17h00 – 19h00: Oficinas para crianças (identificação de constelações e objetos astronómicos, história de astronomia com programação, construção de relógios de sol e foguetões) e observação solar

19h00 – 19h30: Momento cultural com poesia (Ana Maria Dias) e dança (Zoia Malá)

19h30 – 20h30: Piquenique Astronómico

20h30 – 21h00: Montagem dos telescópios

2º momento cultural de dança (Zoia Malá)

21h00 – 00h00: Observação noturna e Viagem pelo céu de fim de Verão

 

Como ajudar?

1| Venha ver os astros e mostrar solidariedade com a população

2| Contribua para a economia local ao consumir produtos regionais e visite o espaço expositivo da N’Artecicus – Associação Profissional de Artesãos e Artistas Plásticos e da Associação de Produtores de Medronho e Mel.

3| Traga um donativo não monetário dentro das necessidades identificadas pela Plataforma Ajuda Monchique e entregue-o durante o evento.
Este será depois reencaminhado para a Plataforma Ajuda Monchique e para o Supermercado Solidário da Câmara Municipal de Monchique.
Alguns dos produtos são alimentos e bens de higiene pessoal/domésticos, eletrodomésticos, tubos de água, tanques de água, ferramentas agrícolas, como roçadoras, motosserras.

Embora este evento não pretenda angariar donativos em numerário, existe a possibilidade de serem feitas doações em dinheiro no local, por intermédio dos Bombeiros Voluntários de Monchique e pela Associação de Artesãos de Monchique.

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