Novo centro expositivo tornará a Fortaleza de Sagres (ainda) «mais atrativa» já em 2022

Obras decorrem «a bom ritmo»

Foto: CCDR do Algarve

A Fortaleza de Sagres já é o monumento nacional mais visitado a Sul do Tejo e está no top 3 do país, mas está perto de se tornar ainda mais atrativa para os visitantes, com a inauguração do novo Centro Expositivo Multimédia dos Descobrimentos, que deverá acontecer «até ao final do primeiro semestre de 2022».

Segundo revelou ao Sul Informação Adriana Nogueira, diretora regional de Cultura do Algarve, os trabalhos decorrem a bom ritmo, tanto no que toca à obra em si, como ao trabalho de bastidores de criação dos conteúdos do novo centro.

«Não tenho dúvidas de que, pelo andar das coisas, tudo irá acabar dentro dos prazos. Acredito mesmo que a inauguração possa acontecer até final do primeiro semestre de 2022», afirmou.

A partir desse momento, a Fortaleza de Sagres, que já é o monumento «mais visitado a Sul do Tejo» e que «anda ali entre o segundo e o terceiro mais visitado a nível nacional», terá um novo ponto de interesse.

«Este monumento nacional vai tornar-se ainda mais atrativo, até porque vamos ter um primeiro andar que acolherá exposições temporárias, o que incentivará a vinda de visitantes que ainda não viram aquela mostra que está patente», acredita a diretora regional de Cultura do Algarve.

«O visitante vai ver o centro expositivo e a exposição temporária. Dali a uns tempos, quando voltar a Sagres, pode pensar: ainda não vi a nova exposição. Pode ser uma outra forma de atrair pessoas. Ter um espaço expositivo bom e amplo, como o que nós temos lá, é importante», acredita.

 

Foto: Câmara de Vila do Bispo

 

Na quarta-feira da semana passada, Adriana Nogueira serviu de anfitriã, no monumento que é tutelado pela Direção Regional de Cultura do Algarve (DRCAlg), e proporcionou uma visita guiada pela empreitada que está em curso a José Apolinário, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, e a Rute Silva, presidente da Câmara de Vila do Bispo.

«A visita serviu, principalmente, para que o presidente [da CCDR] pudesse ver o andamento das obras, pois ele ainda não tinha lá ido desde que elas começaram», explicou.

Afinal, lembrou a CCDR na sequência da visita, a intervenção neste monumento, que representa «um investimento global de 2,8 milhões de euros», tem «uma comparticipação de 1.047.641 euros, em fundos europeus geridos pelo Programa Operacional CRESC Algarve 2020, provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER)».

O acesso a este dinheiro da União Europeia, através de uma candidatura que a DRCAlg fez ao CRESC Algarve 2020, foi, de resto, determinante para o avanço desta obra, que há muito estava projetada, mas que nunca tinha reunido as condições para avançar.

«As obras começaram em Junho e estão a andar a bom ritmo, apesar da parte física não ser a mais significativa. O chão foi arranjado, o teto está a ser arranjado, mas a parte de construção civil é pouco pesada. O trabalho maior está na construção das celas e da parte técnica, que se está a desenvolver noutro local», contou ao Sul Informação Adriana Nogueira.

Seguem-se as pinturas e, mais tarde, «o trabalho de montagem das luzes, da parte tecnológica, das imagens e do texto nas paredes e da parte interativa».

 

Foto: Câmara de Vila do Bispo

 

Tendo em conta que o prazo de execução desta obra é 190 dias, ou seja, cerca de seis meses, a obra física estará pronta no início do próximo ano, se tudo correr como o previsto.

Segundo a direção regional de Cultura, «o projeto museográfico do Centro Expositivo pretende levar o visitante a refletir sobre o valor singular deste território, desde a Antiguidade até aos nossos dias, e de como este se relaciona com os “Descobrimentos Portugueses” e a figura do Infante D. Henrique».

O novo espaço proporcionará aos visitantes «uma experiência interativa sobre a relevância de Sagres para a história da humanidade».

Já o espaço destinado a exposições temporárias terá como objetivo apresentar «novas perspetivas e olhares, quer através de um conteúdo mais histórico, quer através de um olhar contemporâneo, fomentando uma atitude de descoberta e de questionamento».

 

Fotos: CCDR do Algarve e Câmara de Vila do Bispo

 

 

 



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