Via Algarviana vai ter um novo guia, mais percursos e «muitas novidades»

A Almargem viu aprovada uma candidatura de 208 mil euros ao Programa Valorizar do Turismo de Portugal

Um novo guia, que já contemplará as mudanças que foram sendo operadas na Via Algarviana desde 2009, mais percursos e materiais informativos em mais idiomas. A associação Almargem viu aprovada a candidatura que fez ao programa Valorizar, do Turismo de Portugal, que permitirá introduzir «muitas novidades» nesta via pedonal e ciclável que atravessa o interior do Algarve.

A entidade gestora da Via Algarviana vai ter, ao longo do próximo ano, 208 mil euros para gastar na renovação dos materiais promocionais e informativos.

«Vamos ter um novo guia. Do que foi editado em 2015 já temos poucos exemplares. Agora, vamos fazer uma nova versão, mais leve e atualizada com tudo o que foi entretanto feito.Também deixarão de existir as caixas e passará a haver apenas os mapas. Nas costas destes, que neste momento estão vazias, passará a constar a ficha técnica e toda a informação do percurso», revelou ao Sul Informação Anabela Santos, coordenadora do projeto da Via Algarviana.

O guia que será agora editado «vai incluir as alterações que serão agora feitas, por exemplo, no setor que liga as Furnazinhas a Vaqueiros, cujo traçado será alterado devido à central fotovoltaica. A ligação de Loulé também será alterada».

«Os materiais promocionais que já existiam vão agora ser impressos, também, noutras línguas. Vamos ter folhetos separados em português, inglês, alemão, holandês e espanhol. Vamos tentar chegar a outras nacionalidades», revelou.

Ao mesmo tempo, «serão reimpressos os painéis que existem desde 2009 na Via Algarviana, mas que hoje já têm pouca visibilidade». A candidatura contempla, ainda, a criação de audioguias em inglês e francês, em vez de apenas em português, no sentido de «dinamizar mais» esta ferramenta, que atualmente «tem pouca visibilidade».

A Almargem também irá aproveitar para renovar o seu site, «o que nos permitirá começar a integrar o tecido empresarial, algo que até agora não conseguíamos. A nossa ideia é que eles também comecem a contribuir com uma pequena ajuda financeira, já que são poucos os que contribuem, neste momento».

Todo este material vai estar disponível online e poderá ser descarregado.

As novidades não se ficam por aqui. Além dos percursos que serão melhorados, serão criados outros. «Será criada em Monchique, uma pequena rota em torno do património. Também vamos adaptar um dos percursos para invisuais e amblíopes», adiantou ao Sul Informação Anabela Santos.

«Por outro lado, prevemos adquirir uma joellete, que é uma cadeira que  permite que pessoas com mobilidade reduzida possam percorrer a Via Algarviana. Este equipamento ficará na sede da Almargem e qualquer empresa ou pessoas poderá requisitá-la, gratuitamente», disse, ainda, a coordenadora do projeto Via Algarviana.

Para conseguir fazer tudo isto, a Almargem conta com um apoio chorudo do Turismo de Portugal e com a ajuda financeira de 13 das 16 Câmaras algarvias. A comparticipação do Programa Valorizar será de 90%. Os restantes 10 por cento será dividida pelos 13 municípios. Mas, como o nível de cofinanciamento é tão elevado, «a quantia que caberá a cada Câmara não será elevada».

«Toda a candidatura foi feita em colaboração com a AMAL – Comunidade Intermuncipal do Algarve, que tem sido um parceiro fundamental. Tivemos diversas reuniões com os presidentes de Câmara do Algarve, para lhes transmitir aquilo que queríamos candidatar e a receção foi muito boa, todos disseram que era para avançar», explicou.

Entretanto, entraram mais municípios na família da Via Algarviana. Em 2011, Aljezur e Portimão associaram-se ao projeto, unindo-se aos então nove municípios aderentes. Entretanto, «juntou-se Albufeira e vai entrar Lagoa, com outra ligação que será criada à Via Algarviana, neste caso, deste concelho até Silves».

«Vão deixar de ser 11 e passam a ser 13 os municípios algarvios que vão contribuir financeiramente para a gestão da Via Algarviana. Cada qual irá contribuir 3600 euros por ano, até porque vamos admitir mais uma pessoa», concluiu Anabela Santos.

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