Portela do Vento evacuada por causa da progressão das chamas, que se aproximam de Monchique

Há duas frentes de fogo, uma delas em zona de escarpas e sem acesso, onde nem os meios aéreos conseguem atuar

Foto: Nelson Inácio | Sul Informação

Os habitantes da Portela do Vento foram esta tarde. por volta das 16h00, retirados, por «precaução», alguns deles à força. Entretanto, a frente Este do incêndio está incontrolável e aproxima-se da vila de Monchique.

A GNR, em cooperação com a Cruz Vermelha e Ação Social municipal, iniciou a retirada das pessoas. No início deste incêndio, na sexta-feira e sábado, foi neste local da Portela do Vento, à beira da EN266, que esteve instalado o posto de comando, ontem retirado para Monchique.

No ponto da situação feito pouco depois das 13h00, em Monchique, o Comandante Distrital de Operações de Socorro do Algarve disse que havia então «uma frente virada a sul, em direção à vila de Monchique, que está sem acessos a meios de combate, quer aéreos, quer terrestres, e outra frente, mais a Este, que acompanha a EN266 e que, na sua vertente mais a norte, pode evoluir no sentido de Nave Redonda».

Depois de já ter sido também evacuada a povoação de Moitinhas, no vizinho concelho de Odemira, ao todo, desde o início do fogo, na sexta-feira, por volta das 13h30, já foram deslocadas, preventivamente, 110 pessoas – 79 do Algarve e 31 do distrito de Beja.

O comandante Vaz Pinto adiantou ainda que foram assistidos 30 operacionais, com sintomas sobretudo associados às altas temperaturas.

Neste momento, estão no terreno 831 operacionais, apoiados por 223 veículos, nomeadamente máquinas de rastos para tentar atalhar o caminho das chamas, bem como 12 meios aéreos, entre helicópteros ligeiros e médios, aviões Fireboss e Canadair.

No entanto, numa das frentes, a virada a sul, há sobretudo «escarpas, paredes de pedra», segundo disse o presidente da Câmara de Monchique, pelo que «nem meios terrestres, nem aviões ou helicópteros» conseguem lá chegar. Assim sendo, as forças operacionais estão «a trabalhar mais à frente para tentar parar aí as chamas».

A estrada nacional 266, conhecida como estrada de Sabóia, continua cortada, até porque uma das frentes de fogo tem estado a progredir ao longo dela. Aliás, o fogo já atravessou esta estrada e pode estar agora a dirigir-se na direção de Alferce.

Com estas duas frentes ativas, o fogo está a rodear a vila de Monchique.

 

 

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