Início da tarde agrava condições de combate ao incêndio da Perna da Negra

Está previsto mais calor e vento com maior intensidade para o início da tarde

Ainda não há previsão de quando é que o incêndio da Perna da Negra, em Monchique, vai estar dominado e espera-se um «agravamento a partir do início do tarde», com mais vento e calor. 

Vítor Vaz Pinto, comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro de Faro, fez, há minutos, um ponto de situação do incêndio que começou na tarde desta sexta-feira, 3 de Agosto, e teve «um início explosivo numa zona de difícil acesso».

O fogo continua a ter duas frentes ativas e o agravamento das condições, a partir do início da tarde, promete não dar tréguas aos bombeiros. Está previsto um aumento da intensidade do vento, com «rajadas por vezes fortes», e a temperatura chegará aos 46 graus.

De acordo com Vaz Pinto, «estamos a conseguir implementar o nosso plano» apesar de não haver, ainda, previsão de «quando é que o incêndio estará dominado».

Quanto às duas frentes ativas, uma, que corresponde a 50% do perímetro do incêndio, está «controlada» e «encontra-se em trabalhos de consolidação».

Já a outra frente, 20% dela «está a lavrar em zona inacessível e está a ser combatida por meios aéreos com ajuda de máquinas de rasto» para abrir caminhos para os meios terrestres. Os outros 30% «continuam a lavrar com bastante intensidade, apesar de estar a ceder aos meios».

No combate ao incêndio estão 710 operacionais, apoiados por 180 veículos e 11 meios aéreos: dois bombardeiros pesados, três bombardeiros médios, 1 helicóptero bombardeiro pesado, quatro bombardeiros ligeiros e um avião de reconhecimento e avaliação da situação.

Quanto aos oito operacionais que ficaram feridos ontem, já «estão recuperados», revelou Vaz Pinto. Por agora não «há população em perigo». O comandante confirmou que «alguns barracões foram afetados» pelas chamas e não uma casa, como chegou a ser noticiado. «A nossa grande preocupação é a segurança da população e dos combatentes», disse ainda. 

Segundo Vaz Pinto, a área afetada pelo incêndio já é de 1000 hectares.

O fogo já levou a retirar, por precaução, 11 pessoas dos sítios das Taipas e da Foz do Carvalhoso. Ao Sul Informação, Rui André, presidente da Câmara de Monchique, revelou que «dessas, duas ficaram a dormir na Escola EB 2,3 e uma senhora acamada foi para a Santa Casa da Misericórdia. As restantes ficaram em casa de familiares», disse Rui André.

Este incêndio já obrigou também a ativar o Plano de Emergência Municipal de Monchique.

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