Combate ao incêndio de Monchique com «bons progressos» mas ainda com duas frentes ativas

Zona da Fóia, em Monchique, e do Pinheiro e Garrado, em Silves, são as mais preocupantes

Houve «bons progressos» e a situação do combate ao incêndio de Monchique é, esta quarta-feira, «mais estável do que ontem à tarde», assegurou Patrícia Gaspar, 2ª comandante nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil. A nova responsável operacional pelo combate a este incêndio disse, no entanto, serem «expetáveis reativações, principalmente durante a tarde», que serão «combatidas de forma musculada» pelos meios no terreno.

Esta foi a mensagem passada por Patrícia Gaspar num briefing realizado esta manhã, em Monchique. A 2ª comandante nacional revelou que há duas frentes que inspiram mais cuidados, «uma mais ativa, na zona da Fóia», em Monchique, e outra em Silves, «junto a Pinheiro e Garrado e à Pedreira». Será nestes dois locais que se concentrará o maior esforço, ao nível dos operacionais, mas sem esquecer as ações de consolidação das zonas onde o fogo já foi dominado.

Este é, de resto, um dos «grande desafios» para o dia de hoje: «consolidar todo o trabalho feito desde o início do incêndio, nomeadamente ontem e hoje». Outro desafio é, segundo Patrícia Gaspar, «garantir que as expetáveis reativações são atacadas de forma musculada».

«Principalmente a partir das 15h00, estamos a contar que haja reativações e estamos prontos para responder rapidamente e da forma mais musculada possível», disse.

A 2ª comandante nacional recusou-se a fazer «prognósticos» quanto a um eventual debelar do incêndio, mas garante que o cenário é hoje menos negro que ontem à tarde. «Conseguimos fazer bons progressos e temos hoje uma situação mais estável que na tarde de ontem», assegurou.

Ao nível dos feridos, o número subiu «ligeiramente» dos 30 para os 32, um dos quais em estado grave – a habitante de Alferce que foi transportada de helicóptero para Lisboa, na segunda-feira.

Também foram evacuadas as povoações por onde o fogo andou perto. Os seus habitantes foram encaminhados para o Portimão Arena, onde chegaram a estar 124 pessoas, mas, durante a noite, 50 puderam regressar a suas casas ou ficaram alojados com familiares.

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