Obras que ainda faltam na EN125 são para se ir fazendo

Para já, só há mesmo data para a obra de reabilitação integral da Ponte do Almargem, em Tavira, que já havia sido anunciada

«Vamos começar as obras já este ano, na Ponte do Almargem, e depois, gradualmente, ao longo do período seguinte, requalificar o que falta da EN125». O anúncio foi pelo ministro do Planeamento e das Infraestruturas Pedro Marques, em Olhão, à margem de uma sessão em que a Infraestruturas de Portugal (IP) apresentou o resultado da intervenção de urgência que fez na EN125, entre Olhão e Vila Real de Santo António.

O membro do Governo assegurou que as obras são para fazer, «esperemos que a partir do início do próximo ano», mas não foi deixada nenhuma data concreta. A única obra estruturante com data marcada, e que já tinha sido anunciada, é a que será feita na Ponte do Almargem, em Tavira, que vai ser iniciada «já em Setembro». As demais obras são, segundo Pedro Marques, para se ir fazendo, de forma gradual.

«Na Ponte do Almargem, através das inspeções periódicas que fazemos, foi detetada uma deterioração sensível no estado de condição da obra de arte, o que leva a que tenha de haver uma intervenção urgente para repor as condições de segurança», revelou, na sessão, José Serrano Gordo, vice-presidente da IP.

Esta obra, orçada em 500 mil euros, «vai ser consignada no início de Setembro, para não prejudicar as condições de tráfego» na EN125. «É uma reabilitação estrutural, que vai incorporar os aterros de aproximação, para que as depressões que lá estão deixem de existir. Também serão intervencionados todos os pilares da ponte e reposto o pavimento», acrescentou.

Questionado sobre se a intervenção que se seguirá na EN125 será feita aos bochechos, Pedro Marques negou que assim seja. «Fizemos obras de urgência muito importantes. Foram 50 quilómetros intervencionados de uma vez só, na EN125, no Sotavento, dez dos quais com pavimentação integral. Parece-me difícil dizer que são obras aos bochechos. Essas obras foram concluídas em dois meses, um prazo curtíssimo, e vamos fazer mais obras. Vamos fazer intervenções de reabilitação estrutural e repavimentação na EN125», entre Olhão e VRSA, disse.

«As pessoas sabem que a EN125 não está igual ao que estava quando chegámos ao Governo e o resto da EN125 também vai melhorar e muito», prometeu Pedro Marques.

«As obras do Barlavento foram feitas de forma integral, ainda no contexto da concessão. A questão da concessionária é conhecida, obviamente, por questões legais e porque está pendente um recurso no Tribunal de Contas um recurso sobre essa matéria, não farei mais comentários», disse, ainda, o ministro.

Ainda assim, Pedro Marques garante que, quer a decisão seja favorável, quer não seja, há soluções. «Temos uma estratégia para o caso do recurso ser aceite e outra para o caso disso não se verificar».

Para já, e no último mês e meio, foram levadas a cabo obras de emergência, que custaram 248 mil euros. 15% deste valor, cerca de 40 mil euros foi gasto entre Olhão e Cacela, o troço que estava «em melhores condições». Já na parte mais deteriorada, «entre Cacela Velha e a Praia Verde», foi gasta a restante verba, naquela que foi «uma intervenção quase em contínuo», segundo José Serrano Gordo.

Quanto à EN124 e à EN396 o ministro Pedro Marques disse apenas que o Governo «vai continuar a olhar para as prioridades de intervenção no Algarve, ao longo dos próximos anos. Saliento que fizemos muitas obras no Algarve e vamos continuar a fazer no futuro e os algarvios devem confiar em nós apenas por uma razão: falámos menos e fizemos mais, ao longo dos últimos dois anos e meio».

 

Fotos: Gonçalo Dourado | Sul Informação

 

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