Uma das novidades do Sul Informação, cujo novo layout foi lançado na sexta-feira e apresentado a um grupo alargado de convidados, é a possibilidade de os leitores contribuírem para o trabalho jornalístico que a nossa equipa faz, em especial para as reportagens.
Tendo em conta que todos os conteúdos do Sul Informação têm acesso gratuito, sem que haja a obrigação de pagar qualquer quantia ou assinatura, inúmeros leitores têm perguntado como podem contribuir para o sucesso do nosso projeto, aliás, a exemplo do que, cá dentro e lá fora, fazem prestigiados títulos da imprensa, que optaram por não impor paywalls.
É o caso, por exemplo, do britânico The Guardian (obviamente que não nos estamos a comparar, em termos de dimensão, com este jornal, um dos maiores do mundo….tomáramos nós…), que coloca na sua homepage, e sempre que se clica para ler um dos seus artigos, uma chamada de atenção para a possibilidade de os leitores fazerem donativos.
«Há mais pessoas a ler o The Guardian do que nunca, mas as receitas de publicidade em todos os media estão a cair rapidamente. E, ao contrário de outras organizações noticiosas, nós não colocámos uma paywall. Queremos que o nosso jornalismo se mantenha acessível à nossa audiência global. As contribuições dos nossos leitores permitem-nos manter esta abertura, de modo a que todos possam aceder à informação correta e à análise», explica o jornal britânico, que tem vários milhões de pageviews diárias.
No caso do Sul Informação, quem quiser apoiar o nosso trabalho pode fazê-lo clicando no botão, criado para isso, no lado direito do site. Para já, e enquanto não afinamos mais o sistema, os donativos podem ser feitos utilizando o PayPal ou o cartão de crédito.
O Sul Informação, que tem uma equipa permanente de quatro jornalistas do quadro – Elisabete Rodrigues, Nuno Costa, Hugo Rodrigues e Pedro Lemos -, conta ainda com colaboradores pagos (e com carteira profissional) nas áreas da fotorreportagem e do vídeo, bem como noutros setores de apoio.
Até agora, todas as despesas do jornal, com salários, contribuições, impostos, segurança e higiene no trabalho, deslocações, telecomunicações e outros custos correntes, são pagas com as receitas da publicidade, que até têm estado a crescer, acompanhando, aliás, o acréscimo das nossas audiências.
O Sul Informação também se candidatou, pela primeira vez, aos Incentivos à Imprensa Regional, criados pelo Estado, tendo apresentado (e visto aprovados) projetos nas áreas do Desenvolvimento Digital, Acessibilidade e Literacia dos Media. É com o apoio destes incentivos (e muito trabalho nosso e da jovem empresa Nova Página) que temos estado a investir na inovação do nosso jornal, como tantos outros títulos por esse país fora.
Quanto às audiências, atualmente o Sul Informação já atingiu uma média de 30 mil pageviews diárias (ou seja, são 30 mil leitores que nos leem todos os dias), mas, tal como mostramos de seguida, com base nos dados do Google Analytics, são frequentes os dias em que ultrapassamos essa média. Foi o caso de ontem, apesar de ser domingo. E a culpa foi, sobretudo, do incêndio na Serra de Monchique, notícia que demos em primeiríssima mão e que suscitou o natural interesse dos nossos leitores.
Termos jornalistas de serviço ao sábado e domingo ou durante a noite, fora de horas, que se deslocam aos locais onde a notícia acontece (sem se limitarem a telefonemas a partir da secretária ou a picar notas de imprensa ou os outros jornais) também implica custos e investimento diário.
É por tudo isso que o apoio de cada um dos leitores, mesmo pequeno, pode fazer a diferença.
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