Vão desaparecer 7 passagens de nível na Linha do Algarve

Dentro de dois anos, já não haverá razão para acontecerem acidentes como o de sábado, na passagem de nível das […]

Dentro de dois anos, já não haverá razão para acontecerem acidentes como o de sábado, na passagem de nível das Cardosas, em Portimão. É que essa será uma das sete passagens de nível (PN) da Linha do Algarve que vão ser suprimidas até 2020, segundo foi anunciado pela empresa Infraestruturas de Portugal (IP).

Alberto Diogo, vogal do Conselho de Administração da IP, revelou que a supressão das PN será feita, na maioria dos casos, construindo passagens desniveladas, subterrâneas ou superiores, para a passagem dos automóveis.

Este anúncio foi feito em Lagoa, a 7 de Junho, Dia Internacional para a Segurança em Passagens de Nível, ocasião aproveitada para a assinatura de um protocolo entre a IP e a Câmara Municipal de Lagoa.

Além da de Portimão, a supressão vai acontecer em Olhão, Tavira, Vila Real de Santo António e Silves. Haverá ainda duas outras que serão reclassificadas – uma em Tavira, outra em VRSA -, ou seja, deixarão de permitir a passagem rodoviária, mas irão manter-se enquanto passagens de nível só para peões. Atualmente, todas estas sete passagens de nível estão automatizadas com meias barreiras.

As intervenções nestas sete estruturas estão em desenvolvimento no âmbito do programa Ferrovia 2020.

A nível nacional, a IP prevê suprimir 104 passagens de nível e automatizar mais 149. Com estas intervenções, o número de passagens de nível em todo o país passará a ser de 745, quando era de 2386 em 2000.

A IP projeta investir um total de 96,8 milhões de euros, quer na eliminação de passagens de nível, por construção de passagens desniveladas, quer na sua automatização. Estes investimentos estão previstos no âmbito do seu Plano de Investimentos de médio prazo e no programa Ferrovia 2020.

Luísa Garcia, diretora de Segurança da IP, revelou que, no ano passado, houve 17 acidentes em passagens de nível em todo o país, com seis vítimas mortais, sendo que cinco eram peões. «São números ainda muito significativos», sublinhou.

 

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