CDU acusa PSD de Vila Real de Santo António de recusar auditoria à gestão da autarquia

A CDU de Vila Real de Santo António acusa o PSD, que lidera a Câmara Municipal, de não querer uma […]

A CDU de Vila Real de Santo António acusa o PSD, que lidera a Câmara Municipal, de não querer uma auditoria à gestão da autarquia. 

Em comunicado, a CDU refere que, com esta auditoria, não quer «colocar em causa o trabalho do Revisor Oficial de Contas nem o controlo que as diversas entidades públicas fazem das contas da autarquia», mas sim auditar a «gestão política destes últimos 20 anos».

Na mesma nota, a CDU diz querer «saber qual é o valor real da dívida, sem maquilhagens ou explicações subjetivas». «Queremos saber, por exemplo, se o que foi gasto com empresas de advogados, viagens, hotéis, refeições ou prestações de serviços foi benéfico para o concelho», exemplifica a CDU.

Os comunistas acusam Conceição Cabrita, presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, de dizer publicamente que «está orgulhosa dos doze anos de gestão PSD e nada ter a esconder» e depois recusar «este exercício de transparência e democracia».

Em entrevista ao Sul Informação, a autarca de VRSA garantiu que «cortar algumas gorduras», renegociar a dívida à banca e alienar património, caso haja investimento privado envolvido, são os pilares da política financeira que o seu executivo está a pôr em prática.

De acordo com um relatório do Conselho de Finanças Públicas, divulgado em Abril, a Câmara de VRSA está em rutura financeira, uma realidade que Conceição Cabrita nega, tendo em conta que «esta questão da dívida de que tanto falam, é de 2014 a 2016».

Há dois anos, segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, o Passivo Exigível (Dívida) de VRSA estava nos 76,2 milhões de euros. Desde então, assegurou a autarca, o passivo da autarquia tem vindo «a diminuir», embora seja, ainda, «alto».

No mesmo comunicado, a CDU considera ser «fundamental saber a situação financeira real da autarquia, apurar as devidas responsabilidades e definir um caminho de recuperação económica sem voltar a cometer os erros do passado, recusando a politica de privatização de serviços (lixo, águas e esgotos) e do espaço público (parquímetros, complexo desportivo, jardins, terrenos e edifícios municipais), recusando a manutenção do trabalho precário no município e o despesismo da contratação de serviços externos».

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