Bloco de Esquerda e PCP pedem construção do novo Hospital de Lagos

O Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista Português (PCP) pedem a construção «célere» do novo Hospital de Lagos, […]

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O Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista Português (PCP) pedem a construção «célere» do novo Hospital de Lagos, uma «necessidade urgente e exigência do Algarve».

Neste sentido, a Comissão de Saúde vai discutir, no próximo dia 27 de Junho, um projeto de resolução do PCP que a construção dessa infraestrutura.

O Hospital da Misericórdia de Lagos, criado no século XV, foi nacionalizado em 1974 e integrado, posteriormente, no Serviço Nacional de Saúde.

Em 1989 passou a Hospital Distrital e, em 2004, foi integrado no Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, juntamente com o Hospital de Portimão. Em 2013, com a fusão do Hospital de Faro e do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, passou a integrar o Centro Hospitalar do Algarve (atualmente Centro Hospitalar Universitário do Algarve).

Segundo o PCP, «na última década e meia, o Hospital de Lagos tem vindo, por opção de sucessivos governos, a ver reduzida a sua capacidade de prestação de cuidados de saúde hospitalares às populações dos concelhos das Terras do Infante (Lagos, Aljezur e Vila do Bispo) e aos turistas nacionais e estrangeiros que visitam esta região».

«Apesar dos insistentes e repetidos protestos públicos e tomadas de posição quer pela população, quer pelas autarquias locais, ao Hospital de Lagos foram retirados serviços e valências, designadamente bloco operatório e maternidade, e reduzidos os recursos humanos e materiais», defendem, ainda, os comunistas.

Por isto, diz o PCP, «os cuidados de saúde prestados no Hospital de Lagos exigem novas instalações. As atuais são exíguas e desadequadas, não sendo viável a sua ampliação, já que se encontram em plena malha urbana, muito densa, além de se encontrarem adossadas às muralhas da cidade, classificadas de Monumento Nacional».

Em resposta a uma pergunta do Grupo Parlamentar do PCP, o Governo já informou que «a Administração Regional do Algarve pretende iniciar um estudo sobre a rede hospitalar da região em que, entre outros aspetos, será equacionada a construção de novas instalações para a Unidade Hospitalar de Lagos».

Atualmente, alerta o PCP, «o Hospital de Lagos dispõe apenas de um serviço de urgência básica com uma lotação máxima para 20 doentes, um Serviço de Medicina com 40 camas para internamento, consultas externas limitadas à Medicina Interna, à Diabetes, à Nutrição, à Psiquiatria, à Fisiatria e à Hematologia Oncológica, e um Laboratório que faz análises para o Serviço de Urgência Básica e para o Serviço de Medicina, além de fazer análises para fora».

O Bloco de Esquerda, em comunicado, também defende que «sejam desencadeados os procedimentos necessários, com urgência, para a construção do novo Hospital de Lagos» e que «seja salvaguardado o modelo integralmente público para a sua construção e gestão».

«Essas novas instalações tornam-se prementes para a melhoria do funcionamento do Hospital e aumentar a qualidade dos cuidados de saúde prestados, através do aumento do número de camas do Serviço de Medicina, da expansão do Serviço de Urgência Básica, do aumento do número de consultas externas e alargamento a outras especialidades, como a Ortopedia, Pediatria e Cirurgia Geral, e aumentar a capacidade do Laboratório para a realização de meios complementares de diagnóstico», conclui o BE.

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