Aljezur e Tavira estão no topo do ranking nacional de praias “zero poluição”

O Algarve tem 11 praias “Zero Poluição”, uma lista feita pela ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, que reúne as […]

Praia de Monte Clérigo, em Aljezur/Crédito: Depositphotos

O Algarve tem 11 praias “Zero Poluição”, uma lista feita pela ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, que reúne as zonas balneares onde não foi detetada qualquer contaminação nas análises efetuadas às águas nos últimos três anos.

Em 2018, os concelhos do país com mais praias sem poluição são Torres Vedras (7), Grândola (4), Aljezur e Tavira, com três zonas balneares cada.

Ainda assim, a região algarvia “perde” quatro praias, em relação ao ranking do ano passado, apesar do número de zonas balneares a nível nacional ter crescido das 33 para as 44.

Em Aljezur, que desde o primeiro ano está no top 5 dos concelhos com mais praias “Zero Poluição”, merecem a distinção as praias do Amado, de Monte Clérigo e de Vale dos Homens. Em relação ao ano passado, sai da lista a praia de Odeceixe-Mar.

Em Tavira, são repetentes as praias de Cabanas-Mar, Ilha de Tavira-Mar e Terra Estreita, que já constavam da lista em 2017.

Vila do Bispo, que, no ano passado, teve quatro zonas balneares “Zero Poluição” e liderou a lista nos dois primeiros anos, só tem duas distinções, em 2018 – Almadena-Cabanas Velhas e Boca do Rio. Saíram da lista as praias vila-bispenses da Ingrina e do Zavial.

A lista de 2018 incluiu ainda uma praia de outros três concelhos do Algarve, nomeadamente as da Ilha da Barreta (Deserta), em Faro, da Armona-Ria, em Olhão, e da Fábrica-Mar, em Vila Real de Santo António. A praia da Fuzeta-Mar, em Olhão, e de Vilamoura, em Loulé, deixaram de constar do ranking, do ano passado para o corrente.

Em relação ao primeiro ano em que a associação ZERO compilou esta lista, a partir dos dados da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, a diminuição de praias algarvias no ranking é ainda mais significativa. Em 2016, 29 das 71 zonas balneares distinguidas eram algarvias.

A associação ZERO não deixa, ainda assim, de frisar o aumento de cerca de 33% no número de praias “Zero Poluição”, «depois do decréscimo na época balnear passada».

As 44 praias que constam da lista «representam sete por cento do total das 608 zonas balneares em funcionamento em 2018».

 

O que é uma praia ZERO poluição?

A partir de dados solicitados à Agência Portuguesa do Ambiente, a Associação ZERO identificou as praias que, ao longo das três últimas épocas balneares, não só tiveram sempre classificação “Excelente” como apresentaram valores zero ou inferiores ao limite de deteção em todas as análises efetuadas aos dois parâmetros microbiológicos controlados e previstos na legislação (Escherichia coli e Enterococos intestinais).

Isto é, em todas as análises efetuadas não houve sequer a deteção de qualquer unidade formadora de colónias.

Três anos corresponde ao período mínimo habitualmente requerido pela Diretiva 2006/7/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 15 de Fevereiro de 2006 relativa à gestão da qualidade das águas balneares para se proceder à classificação da qualidade da zona balnear.

 

Três alertas para a época balnear

A ZERO selecionou três aspetos que considera cruciais neste início de época balnear em muitas praias:

>>Por razões ambientais e de segurança, só devem ser frequentadas praias classificadas como zonas balneares, onde há vigilância e onde se conhece a qualidade da água;

>>Não devem ser deixados quaisquer resíduos na praia e, de preferência, devemos encaminhá-los através da recolha seletiva. Mais de 80 por cento dos 12,2 milhões de toneladas de plástico que entram no ambiente marinho em cada ano vêm de fontes terrestres, sendo o maior contribuinte o lixo de plástico, incluindo itens como garrafas de bebidas e outros tipos de embalagens;

>>Deve-se preservar a paisagem e os ecossistemas envolventes das zonas balneares, evitando o pisoteio de dunas ou outras áreas sensíveis.

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