Como criar um projeto artístico a partir dos velhos trilhos entre o Ameixial e a Mealha

Uma sessão «única e irrepetível» da intervenção artística em curso “Pessoas, Fronteiras, Objetos”, desenvolvida pelo artista multidisciplinar Ângelo Gonçalves e […]

Antiga Escola da Corte d’Ouro – Foto: “Pessoas, Fronteiras, Objetos”

Uma sessão «única e irrepetível» da intervenção artística em curso “Pessoas, Fronteiras, Objetos”, desenvolvida pelo artista multidisciplinar Ângelo Gonçalves e pela antropóloga Luísa Ricardo, terá lugar no dia 2 de Junho, um sábado, na Serra do Caldeirão.

O percurso integra uma caminhada de 11 quilómetros com ação performativa e instalação na paisagem, com início às 8h30, na Mealha, junto à sua antiga escola primária, e fim no Ameixial, na Fonte da Seiceira, onde haverá uma refeição comunitária e convívio, a partir das 13h00.

O projeto “Pessoas, Fronteiras, Objetos” decorre na Serra do Caldeirão, entre o Ameixial (aldeia, sede de freguesia, concelho de Loulé) e a Mealha (monte da freguesia de Cachopo, concelho de Tavira). «Envolve ‘estar’ com as Pessoas, caminhar, passar Fronteiras e construir Objetos», salientam Ângelo Gonçalves e Luísa Ricardo. E é um trabalho de sol a sol, porque teve início a 21 de Dezembro de 2017, no solstício de Inverno, e vai acabar um ano depois, em novo solstício de Inverno.

Até agora, ambos já calcorrearam muito e muitos quilómetros dos antigos trilhos da serra, em busca das pessoas que ainda por lá vivem e das suas memórias e silêncios, que têm registado com ouvido (e olho) atento. Os habitantes da Mealha, da Corte João Marques, da Corte d’Ouro e do Ameixial, na sua maioria idosos, são os outros intervenientes neste projeto original.

Os dois criadores, Ângelo Gonçalves e Luísa Ricardo – Foto: “Pessoas, Fronteiras, Objetos”

O projeto teve um primeiro momento de partilha pública no Walking Fest Ameixial 2018, sob a forma de uma caminhada.

E terá agora duas apresentações: a primeira no dia 2 de Junho e outra em meados de Outubro, em data a anunciar. «São sessões únicas, irrepetíveis, correspondendo cada uma delas a intervenções e percursos diferentes entre o Ameixial e a Mealha», explicam os seus promotores.

«A refeição comunitária com os habitantes dos montes, colaboradores no trabalho, faz parte da intervenção artística, voltando a ligar (sentando à mesa) as pessoas que antes andavam a pé nos “caminhos de pé posto” e que agora já têm alguma dificuldade em fazê-lo devido ao passar dos anos», acrescentam Ângelo Gonçalves e Luísa Ricardo.

O convívio conta ainda com o Grupo de Cantares de Cachopo “Searas de Outono” e Silvino Campos, que tocará com um acordeão afinado à moda dos bailes de antigamente.

As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias e limitadas.

Para se inscrever, clique aqui.
Para mais informação, clique aqui.

 

Organização: Junta de Freguesia do Ameixial, Junta de Freguesia de Cachopo, com a participação da Casa do Povo do Ameixial
Apoio: Câmara Municipal de Loulé, Câmara Municipal de Tavira, Associação In Loco; Museu Nacional de Etnologia, Projeto Estela, Museu Municipal de Loulé e Museu Municipal de Tavira, Direção Regional de Cultura, Cooperativa QRER, Cachopo, uma aldeia com história; habitantes da Mealha, da Corte João Marques, da Corte d’Ouro e do Ameixial.

Foto: “Pessoas, Fronteiras, Objetos”

 

Apresentação única de “Pessoas, Fronteiras, Objetos”
com caminhada, refeição comunitária e convívio

2 de Junho (sábado), Ameixial – Mealha
– 8h30, Mealha: caminhada com ação performativa e instalação na paisagem (início na Mealha e fim no Ameixial)
– 13h00, Ameixial (Fonte da Seiceira): refeição comunitária e convívio musical com Silvino Campos (acordeão) e o Grupo de Cantares de Cachopo “Searas de Outono”

 

Fotos: “Pessoas, Fronteiras, Objetos”

 

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