ANJE apresenta estudo que dá «o pontapé de saída» para criação de rede ibérica de Business Angels

O diagnóstico já está feito. A seguir, vem o treino, para que startups algarvias possam, dentro em breve, apresentar as […]

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O diagnóstico já está feito. A seguir, vem o treino, para que startups algarvias possam, dentro em breve, apresentar as suas ideias a investidores, os chamados Business Angels. Um estudo que fez o levantamento do empreendedorismo no Algarve, feito ao abrigo do projeto ibérico de cooperação transfronteiriça Espoban, vai ser apresentado esta terça-feira, dia 29 de Maio, no Hotel Eva, em Faro, às 14h30.

A sessão é promovida pela ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários, através do seu Núcleo do Algarve, uma das seis instituições do Algarve, Alentejo e Andaluzia que estão envolvidos no Espoban, cujo objetivo principal é criar, até final de 2019, uma rede ibérica de Business Angels.

«Este estudo é o pontapé de saída do projeto Espoban. Vai ter a caraterização do modelo de desenvolvimento, ou seja, a capacidade de empreendedora e a capacidade de investimento que existem nas diferentes regiões, neste caso, no Algarve», explicou ao Sul Informação Hugo Vieira, diretor nacional para o Algarve da ANJE.

Esta é a primeira das três fases do projeto. «Num segundo momento, vamos proceder à identificação de ideias de negócio ou empreendedores, para lhes dar formação, mentoria e tutoria na elaboração de um plano de negócios. Também vamos formar para que estes empreendedores percebam como podem ter um pitch de sucesso, na hora de apresentar a sua ideia», disse Hugo Vieira.

Na terceira fase do projeto, os empreendedores serão «colocados em contacto com os Business Angels», no sentido de encontrarem investidores para levar mais longe as suas ideias.

Hugo Vieira

Com o Estudo de Análise e Caracterização do Empreendedorismo no Sul de Portugal e Espanha, que será apresentado amanhã, e o treino a que os empreendedores serão sujeitos, pretende-se que este grupo de financiadores tenha, «à partida, um conjunto de ideias nas quais possa investir, no Algarve».

No fundo, trata-se de «criar mais massa crítica», um trabalho que Hugo Vieira tem vindo a procurar fazer desde que tomou posse como diretor nacional para o Algarve da ANJE, «também através da interação com outros players, entre os quais o CRIA da UAlg, que é quem tem mais capacidade de alavancar a transferência de conhecimento para o setor empresarial».

«No Algarve ainda existe muito pouca massa crítica, para que seja reconhecida a capacidade da região de importar e exportar startups. Queremos criar aqui uma nova filosofia: criar uma rede que possa vir a ser alargada gradualmente», disse ao Sul Informação o diretor para o Algarve da ANJE.

A pensar nesta vertente, na sessão de amanhã, terça-feira, será promovida uma mesa redonda, «onde procuraremos perceber o futuro e debater o desenvolvimento de tecnologia no Algarve».

Até porque, realçou o diretor nacional da ANJE para o Algarve, a associação não quer «perder o barco».

«Há muitos anos fomos pioneiros na incubação e no apoio aos jovens empresários. Vamos continuar a fazer este trabalho, dirigido às Pequenas e Médias Empresas (PME), mas não podemos deixar de olhar para esta nova forma de empreender, que está muito ligado às startups, que passa pelo valor tecnológico acrescentado à criação do negócio», disse.

A associação empresarial está a trabalhar com o CRIA, mas também com as Câmaras de Loulé e Faro, para «instalar uma rede regional de incubação». Ao mesmo tempo, a ANJE quer aprofundar «a aceleração de empresas», em parceria com estas entidades.

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