Eletrificação da Linha do Algarve começa em 2019 e custa 57 milhões de euros

A eletrificação dos troços entre Tunes e Lagos e Faro e Vila Real de Santo António, da Linha do Algarve, […]

A eletrificação dos troços entre Tunes e Lagos e Faro e Vila Real de Santo António, da Linha do Algarve, arranca em 2019, prevê Carlos Fernandes, vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, com a a obra a custar 57 milhões de euros.

De acordo com o responsável, «estamos a concluir os projetos e prevemos lançar as empreitadas durante o ano de 2019, estar a começar a obra ainda antes do final desse ano e concluí-la antes do final de 2020».

Carlos Fernandes, vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, explicou ainda, na apresentação do projeto de eletrificação, feita esta sexta-feira, 6 de Abril, o que significa esta obra para toda a Linha do Algarve: «mais qualidade, mais rapidez e menos tempo de trajeto».

Os projetos, que estão a ser ultimados, vão ser entregues em Julho e Agosto. Depois, a IP vai ver se haverá a necessidade de proceder a uma Avaliação de Impacte Ambiental, junto da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), algo que poderá atrasar o avanço da empreitada.

A obra prevê a criação de uma subestação de tração (SST) para o troço entre Faro e VRSA, a nascente da cidade de Olhão, com o custo de 10 milhões de euros. Já a atual STT de Tunes será ampliada. O troço entre Tunes e Faro, que já está eletrificado desde 2004, sofrerá também algumas obras de adaptação.

Carlos Fernandes

Para a empreitada, está prevista a supressão das passagens de nível que inviabilizam a eletrificação, assim como a instalação de vedações e redes de proteção em áreas específicas a eletrificar para garantir as condições de segurança.

Dos 58 milhões de euros, 23,2 milhões são para o troço Tunes/Lagos e 34,7 milhões para Faro/VRSA. O projeto também prevê a possibilidade de «implementação de novos serviços», como 32 novos comboios, por dia, adicionais no serviço entre Faro e Olhão. Só que aqui a bola passa para o lado da CP (Comboios de Portugal).

Abrantes Machado, da CP, explicou que, devido ao pouco tempo que se prevê que a obra dure, «não será possível ter novo material circulante».

Ou seja, «tem de ser o material que existe a fazer o serviço», ao mesmo tempo que se recupera «material fora do parque ativo para proceder ao reforço da oferta».

A obra destes dois troços da Linha do Algarve vai criar 140 empregos, associados à empreitada. Este é um projeto que permitirá eletrificar toda a Linha do Algarve, pois, por agora, o único troço que já tem estas caraterísticas é entre Tunes e Faro.

A apresentação deste projeto deu-se no âmbito da inauguração da exposição “160 Anos do Caminho de Ferro em Portugal”, que pode ser vista até 30 de Maio na sala de exposições da CCDR do Algarve, em Faro.

 

Fotos: Fabiana Saboya | Sul Informação

 

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