Rodrigo Leão e muito mais em novo Som Riscado do Cine-Teatro Louletano

Concertos, entre os quais um do Rodrigo Leão Ensemble, performances, exposições, instalações interativas e debates vão dar corpo a mais […]

Concertos, entre os quais um do Rodrigo Leão Ensemble, performances, exposições, instalações interativas e debates vão dar corpo a mais uma edição do festival Som Riscado, que vai decorrer no Cine-Teatro Louletano e noutros espaços de Loulé, entre os dias 4 e 8 de Abril.

O evento também vai contar com a presença de João Paulo Esteves da Silva Trio, da Nova Orquestra Futurista do Porto, de Tiago Pereira, de Triktopus e «outros músicos, realizadores, fotógrafos, performers e atores», segundo a Câmara de Loulé.

O festival é lançado no dia 4 de Abril, às 19h00, com o espetáculo “Som Temperado”, um espetáculo produzido pelo Cine-Teatro Louletano em que o DJ Miguel Neto mistura os sons da cataplana «com as sonoridades da sua construção pelos Caldeireiros de Loulé» e os da sua confeção pelo Chefe de cozinha do restaurante Tertúlia Algarvia. A componente de imagem deste concerto visual ficará a cargo de Miguel Ângelo.

No dia 5 de abril, uma quinta-feira, pelas 21h30, atua a Nova Orquestra Futurista do Porto, em estreia absoluta no Algarve, para apresentar o espetáculo “Autópsia de um Futurismo Português”, que terá a participação do ator Vítor Correia. Neste concerto, será evocada «breve aventura que foi o “Futurismo Português” e os seus autores, salientando o ato libertário da utilização de todos os sons em contextos musicais».

Rodrigo Leão, que será «acompanhado por um(a) cantor(a) convidado(a), uma formação ancorada num naipe de cordas (violino, violoncelo e viola) e um multi-instrumentista que reproduzirá em palco os ambientes sonoros das gravações originais de “Os Portugueses”», atua na noite de 6 de Abril, às 22h00.

O músico e compositor português vai apresentar «um concerto visual que assenta numa versão revista e atualizada dos temas instrumentais de Rodrigo Leão escritos para a série televisiva “Portugal, um Retrato Social”, cujas imagens serão projetadas no decorrer do espetáculo», revelou a autarquia louletana.

A 7 de Abril, um sábado, será apresentada uma obra encomendada pelo Cine-Teatro Louletano ao trio de João Paulo Esteves da Silva, «cuja abordagem jazzística, assente na improvisação, se aliará ao universo das artes visuais, neste caso a um conjunto de fotografias do músico Bernardo Sassetti que integram a exposição “… e ainda por cima está frio”».

Outra encomenda do festival é o concerto visual que será protagonizado pelos Triktopus (João Frade, Marco Santos e Diogo Duque), marcado para o dia 8 de Abril, às 18h30. Esta formação vai aliar uma sonoridade «de forte influência étnica, jazzy e de recurso a elementos eletrónicos, loops, samples e partes vocais», ao desenho experimental em tempo real de Pedro do Vale.

O público também pode contar com a instalação interativa “No Human Device #4”, do projeto Boris Chimp 504. A instalação inaugura a 5 de Abril, pelas 18h30, na Casa da Cultura de Loulé, situada no Parque Municipal, e pode ser vista nos cinco dias de festival.

Nos mesmos dias estará patente no auditório do Convento do Espírito Santo a instalação interativa “Atlas de Instrumentos Utópicos”, a cargo da Sonoscopia (Porto). No dia de encerramento do festival, a mesma entidade irá dinamizar uma oficina de trabalho sobre construção de instrumentos utópicos/orquestra de balões.

No dia 6 de Abril, poderá ser vista no Cine-Teatro Louletano a mostra de autorretratos de Bernardo Sassetti “… e ainda por cima está frio”.

O Som Riscado também vai dar espaço para a reflexão e para o debate. No dia 6 de Abril, às 18h30, Rodrigo Leão (músico), Ivan Dias (produtor/realizador) e Joana Pontes (realizadora) vão conversar sobre o tema “Da Imagem à Música: Labirintos e Fascínios do Processo Criativo”.

No mesmo dia, às 21h30, o músico João Paulo Esteves da Silva, a docente universitária Miriam Tavares e Cláudia Varejão, fotógrafa e colaboradora da Casa Bernardo Sassetti, «conversam sobre o legado fotográfico do músico Bernardo Sassetti, bem como sobre o processo criativo subjacente ao concerto visual de João Paulo».

No dia seguinte, às 16h00, Raquel Castro modera o debate entre Gustavo Costa (projeto “Phonanbient”), Carlos Norton (projeto “Aspa – Arquivo Sonoro Paisagístico do Algarve”), Tiago Pereira (projeto “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria) e Pedro Glória (projeto “Sonda” e outros), que se centrará no tema “Paisagens e Cartografias Sonoras: Da Recolha à Reinvenção Artística das Identidades Locais”.

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