Groundforce volta a operar no Aeroporto de Faro, criando 115 postos de trabalho

A Groundforce Portugal vai inaugurar, na próxima segunda-feira, dia 2 de Abril, a sua operação “full handling” no Aeroporto de […]

A Groundforce Portugal vai inaugurar, na próxima segunda-feira, dia 2 de Abril, a sua operação “full handling” no Aeroporto de Faro. É o regresso da empresa ao Algarve, depois de, em 2010, ter feito o despedimento coletivo das mais de três centenas de trabalhadores que então tinha na região.

A cerimónia será presidida por Paulo Neto Leite, presidente executivo da Groundforce Portugal, e assinala «o início pleno e efetivo da operação no Aeroporto de Faro após a conquista das licenças da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) para o acesso à atividade nas categorias de operações em pista e tratamento de bagagens».

A empresa anuncia que, «para assegurar a operação, foram criados 115 postos de trabalho, e, a médio prazo», prevê-se «a contratação de mais 25 colaboradores, o que perfaz um total de 140 postos de trabalho».

O investimento nesta operação totaliza um valor superior a 2,5 milhões de euros, acrescenta a Groundforce.

No Aeroporto de Faro, a Groundforce Portugal vai assistir as companhias TAP, British Airways, Iberia, BA City Flyer, Vueling, Aer Lingus, Small Planet e Aigle Azur.

A Groundforce Portugal alarga assim a sua presença para cinco aeroportos: Lisboa, Porto, Funchal, Porto Santo e Faro.

A Groundforce Portugal já tinha operado no Aeroporto de Faro, até 10 de Novembro de 2010, quando a empresa cessou a sua atividade na infraestrutura aeroportuária algarvia, despedindo 336 funcionários efetivos. Prejuízos anuais na ordem dos 8 milhões de euros naquela escala foram as razões então apontadas pela administração da empresa.

Na altura, no início da crise, o despedimento destes mais de 300 trabalhadores, onde havia mesmo alguns casais, provocou uma onda de protestos contra a empresa e de solidariedade para com os funcionários.

Em Novembro de 2010, a Assembleia Intermunicipal do Algarve aprovou uma moção contra o despedimento dos trabalhadores, defendendo que se tratava de uma «estratégia armada entre a TAP e o Governo, no âmbito do processo de privatização, de reduzir drasticamente os custos de produção e de facilitar a sua exploração à custa dos trabalhadores, como resultado das medidas contidas no PECIII, com ordem de redução de 15 por cento nos custos das empresas».

A moção, proposta pela CDU e aprovada por maioria, acrescentava que, a «concretizar-se tal atentado, para além dos enormes problemas que causará, em primeiro lugar aos mais de 300 trabalhadores e suas famílias, irá contribuir para o aumento dos problemas económicos e sociais do Algarve, já com mais de 30.000 desempregados e do concelho de Faro onde o desemprego atinge mais de 3.300 trabalhadores».

Houve ainda, na altura, posições contra este despedimento coletivo por parte do PS e do Bloco de Esquerda, bem como vigílias de apoio aos trabalhadores. Mas de nada adiantou e os 336 funcionários foram mesmo para o desemprego.

Pouco mais de sete anos depois, a Groundforce Portugal regressa ao Aeroporto de Faro.

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