Falta de estratégia intermodal é principal defeito dos transportes públicos do Algarve

Falta de uma estratégia de concertação intermodal e entre ligações de transportes de uma mesma operadora, desadequação dos tarifários, insuficiente […]

Falta de uma estratégia de concertação intermodal e entre ligações de transportes de uma mesma operadora, desadequação dos tarifários, insuficiente e débil informação disponibilizada e assimetrias regionais. Estes são os principais problemas detetados, na região algarvia, pelo projeto “Faça greve ao seu carro – Estes transportes não nos servem”, promovido pela DECO Algarve.

O projeto, «focado nas fragilidades dos transportes públicos coletivos da região», terminou a sua primeira etapa.

«Nesta ação, cujo principal intuito consistiu em compreender as causas do acentuado declínio da utilização dos transportes e mobilizar os consumidores para esta problemática, realizámos 5 percursos, entre Tavira e Sagres, e envolvemos 7 entidades institucionais, revela a DECO Algarve.

A campanha nacional da DECO “Queixas dos Transportes”, em que se inspirou a ação algarvia, recebeu já 8191 inscrições e 3766 reclamações. Os transportes que motivam a maioria das queixas são os terrestres e ferroviários, recaindo essas reclamações sobretudo nos atrasos e na diminuição ou supressão de linhas, horários e percursos.

Este projeto algarvio «mobilizou e melhorou a capacidade de intervenção dos consumidores, que nos apresentaram mais reclamações e sugestões, e acentuou o papel ativo e influente dos representantes e autoridades locais no setor».

A DECO Algarve anuncia que «irá agora discutir as suas conclusões com estas entidades e com as operadoras de transportes, e reivindicar uma rede adequada e funcional, sendo para isso essencial integrar as reais carências e os interesses dos seus utilizadores e daqueles que gostariam de o ser».

Como referiu Tânia Neves, porta-voz da ação, «pretendemos denunciar as dificuldades da rede diretamente com as entidades envolventes e sugerir a introdução de metodologias participativas de diagnóstico e planeamento dos transportes e da mobilidade, e de formas de transporte inovadoras e flexíveis, para garantir a inclusão de todos».

A DECO Algarve promete «continuar atenta a este que é um dos grandes problemas da região e a dar voz aos consumidores».

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