350 quilos da infestante azola retirados num dia do rio Guadiana

A Capitania do Porto de Vila Real de Santo António retirou, na sexta-feira passada, cerca de 350 quilos de azola […]

Azolla filiculoides, Foto: http://invasoras.pt/

A Capitania do Porto de Vila Real de Santo António retirou, na sexta-feira passada, cerca de 350 quilos de azola do rio Guadiana, numa tentativa de controlar a expansão desta planta invasora.

Tratou-se de uma «medida preventiva», para «evitar a obstrução do canal de navegação e, consequentemente, interferir com a segurança da navegação», explica a Autoridade Marítima Nacional.

O aparecimento de Azolla filiculoides (azola) na ribeira de Oeiras, afluente do Guadiana, tinha sido denunciado no princípio do ano, pela Câmara Municipal de Mértola, que comunicou esse facto à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), entidade responsável pelo curso de água.

A Câmara solicitou à APA a remoção «urgente» da planta infestante. Também a Capitania do Porto de Vila Real de Santo António foi alertada.

O Município de Mértola, em nota de imprensa divulgada no início do mês de Março, dava conta de que, «com a subida das águas, devido à chuva sentida na última semana, a espécie invasora deslocou-se para o Rio Guadiana».

A operação de retirada da azola, a 16 de Março, contou com o apoio do engenheiro do Departamento Marítimo do Sul e decorreu em articulação com o Município de Mértola e os Bombeiros de Mértola.

​A Azolla filiculoides é uma espécie invasora, conforme listada no anexo I do Decreto-Lei n° 565/99, de 21 dezembro, que flutua na superfície da água, com uma elevada taxa de crescimento.

Trata-se de um pequeno feto anual de água doce, de cor esverdeada, azulada ou avermelhada, que se desenvolve à superfície, pertencente à família Salviniaceae. Apresenta normalmente cor verde, mas, em condições de stress ambiental, o lobo dorsal adquire uma coloração avermelhada devido à presença de pigmentos (antocianinas) existentes nas folhas.

Em condições favoráveis (temperatura elevada, caudais reduzidos e disponibilidade em nutrientes, principalmente fósforo), multiplicam-se rapidamente, dando origem a tapetes de cor tipicamente verde-avermelhada que cobrem a superfície da água.

Esses tapetes de azola, além de serem um perigo e entrave à navegação, também causam problemas de eutrofização da água.

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