SOS Ria Formosa volta de Belém com «via de comunicação» aberta com a Presidência da República

O SOS Ria Formosa vai manter, «nestes próximos tempos, uma via de comunicação com a Presidência da República a fim […]

O SOS Ria Formosa vai manter, «nestes próximos tempos, uma via de comunicação com a Presidência da República a fim de ir trocando informações» sobre o processo de demolições nos núcleos do Farol e dos Hangares da ilha da Culatra, anunciou o movimento.

Dois representantes do grupo de ilhéus foram recebidos esta segunda-feira em Belém por Nuno Sampaio, assessor para a área do ambiente do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, ao qual transmitiram «as preocupações com o processo de demolições e de reconhecimento dos núcleos do Farol e Hangares».

«Foi transmitido o enorme desconforto e revolta que todo este processo está a causar junto das populações, bem como apresentadas inúmeras contradições relacionadas com os diversos estatutos vigentes na área da Ria Formosa. Para situações iguais ou semelhantes os tratamentos são muito diferentes e enquanto há abertura, e bem, para concessões e estatutos de reconhecimento para alguns dos aglomerados da Ria Formosa, nos núcleos do Farol e Hangares, opta-se por demolir ou renaturalizar ao invés de se requalificar», segundo o SOS Ria Formosa.

José Lezinho e Vanessa Morgado, os dois representantes dos ilhéus, lembraram, ainda, que «mais de um ano depois da aprovação por maioria do reconhecimento dos Núcleos do Farol e dos Hangares pela Assembleia da República, nada parece ter sido feito para efectivar em definitivo esse reconhecimento».

Na reunião, foram ainda abordados temas como a revisão do já caducado Plano de Ordenamento da Orla Costeira do Sotavento e as construções que são «licenciadas e permitidas, tanto na Ria Formosa como noutros pontos do Algarve», e que estão a menos de 40 metros da linha de água.

O SOS  pediu a Marcelo Rebelo de Sousa «que possa interceder junto dos decisores, para que todos estes problemas possam ser resolvidos sem recurso a demolições, ou que, pelo menos, seja dada a possibilidade aos habitantes, nos casos mais complicados, de relocalizarem as suas habitações num dos inúmeros espaços existentes dentro dos núcleos. Uma solução que sempre defendemos para as situações em que haja efectivamente algum risco. Demolir por demolir não é solução, até porque não se vislumbra qualquer plano de protecção para as ilhas barreira».

Comentários

pub