Hospitais algarvios começam Fevereiro com menos 40 enfermeiros e sem licença para contratar

O Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) conta com menos 40 enfermeiros desde o início de Fevereiro, mas continua […]

Créditos: Depositphotos

O Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) conta com menos 40 enfermeiros desde o início de Fevereiro, mas continua sem autorização do Governo para contratar os profissionais necessários para os substituir, denunciou o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

Em Janeiro, a presidente do Conselho de Administração do CHUA Ana Paula Gonçalves garantiu ao Sul Informação – e ao sindicato – que já tinha sido pedida autorização à tutela para integrar «54 enfermeiros, para substituir aqueles que vão transitar para unidades de saúde primárias», no seguimento do concurso que foi lançado a nível nacional.

Estes profissionais juntar-se-iam a outros 42 enfermeiros, cuja contratação «só espera pela autorização da tutela», contingente que virá «suprir as lacunas» apontadas há muito pelo SEP, que tem vindo a alertar para uma escassez crónica de enfermeiros nos hospitais algarvios.

Mas, diz o sindicato, a autorização tarda em chegar. «As garantias públicas do Ministro da Saúde que os enfermeiros seriam substituídos redundam em zero. O SEP alertou para a situação de saída dos enfermeiros e para as consequências caso não fossem substituídos, inclusive ao primeiro-ministro, em Faro, a 12 de Janeiro, a quem foi entregue um documento. Em resposta a esta interpelação, o primeiro-ministro respondeu “vamos ver…” e informou ter enviado o documento para o Ministro da Saúde», lembrou.

A demora em contratar enfermeiros que, pelo menos, substituam os que agora saíram, está a causar um conjunto de constrangimentos à atuação do CHUA, garantiu o SEP.

«O plano de contingência foi ativado com aumento de camas em alguns serviços, abertura de camas no Centro Medicina Física e de Reabilitação do Sul, mas com menos enfermeiros. O CHUA está impedido de avançar com projetos no domicílio com garantia de mais segurança aos doentes por não ter enfermeiros», segundo o sindicato.

«Este posicionamento do Ministério da Saúde começa a ter contornos de estratégia “mal-amanhada” para criar obstáculos à passagem dos enfermeiros a Contrato Individual de Trabalho para as 35 horas e, caso se mantenha, o SEP agendará um plenário com os enfermeiros para decidir formas de luta», asseguraram os sindicalistas.

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